Fotos : Antonio Ricardo Soriano - 01/07/2014
Glória (Campos do Jordão - SP)
Inauguração : 1943
Endereço : Av. Dr. Januário Miráglia, 1582 - Vila Abernéssia
Campos do Jordão - SP
Em funcionamento ? : Sim.
Hoje, Espaço Cultural Doutor Além, com exibições cinematográficas.
Possui uma biblioteca de cinema e é sede do Cineclube Araucária.
Fotos atuais (prédio rosa): Antonio Ricardo Soriano - 23/05/2015
O
nosso Cine Gloria, as sessões Zig-zag e uma e quinze
Endereço : Av. Dr. Januário Miráglia, 1582 - Vila Abernéssia
Campos do Jordão - SP
Em funcionamento ? : Sim.
Hoje, Espaço Cultural Doutor Além, com exibições cinematográficas.
Possui uma biblioteca de cinema e é sede do Cineclube Araucária.
Fotos atuais (prédio rosa): Antonio Ricardo Soriano - 23/05/2015
Por
Edmundo Ferreira da Rocha (Criador do site "Campos do Jordão Cultura")
Realmente, como o próprio nome já identificava o
nosso querido cinema, de grandes e saudosas memórias, foi uma grande GLÓRIA
para nós, jordanenses.
O Cine Glória, inaugurado nos idos de 1940, foi,
durante várias décadas, o grande e principal ponto de encontro e de
entretenimento da população jordanense e dos turistas que nos visitaram até a
década de sessenta. Foi a alegria da criançada, dos jovens, dos namorados, dos
noivos, dos casais e de todos aqueles que amaram a arte cinematográfica.
Em suas telas foram exibidas as maiores e melhores
películas nacionais e internacionais que surgiram durante esse período e,
inclusive, filmes de épocas anteriores e de renome mundial. Claro, também,
foram exibidos filmes que não mereciam nem ter sido produzidos.
Durante todo esse período, o Cine Glória tinha
sessões diárias e não cerrava suas portas em nenhum dia da semana. De segunda a
sábado, tinha as suas sessões tradicionais às 15h30min e 20 horas. Nos
domingos, a programação era intensa. Começava com a famosa e maravilhosa Sessão
ZIG-ZAG, às dez horas da manhã, onde eram exibidos filmes para a garotada. Eram
desenhos animados, comédias, seriados, etc. Logo em seguida, às 13h15min – uma
e quinze, como ficou famosa –, exibia filmes de “cowboys”, de mocinhos,
bandidos e xerifes, como chamávamos, e seriados que nos obrigavam a não perder
uma sessão sequer. Na sequência, às 15h30min, 19h e 21h, as sessões
tradicionais, com a apresentação de um mesmo filme, porém para uma plateia já
mais distinta e sujeita à censura de idade.
Tudo era maravilhoso e aguardado com grande
expectativa e entusiasmo durante toda a semana, especialmente para a garotada e
jovens, que faziam de tudo para conseguir de seus pais, tios, amigos e avós o
dinheiro necessário para a compra dos respectivos ingressos. Muitas vezes, a
liberação do dinheiro para a compra desses ingressos ficava condicionada ao bom
comportamento, à obediência, à necessidade do estudo com assiduidade e
responsabilidade, da exibição da caderneta escolar com as notas de aprovação etc.
Grande parte da garotada e juventude assistia às
sessões ZIG-ZAG às 10 horas da manhã e já ficava na espera, para assistir às
sessões da uma e quinze. Alguns, dependendo da censura do filme das 15h30min,
também ficavam na espera para assistir a eles.
Nas sessões ZIG-ZAG, a expectativa era no sentido
de que fossem exibidos os desenhos animados maravilhosos, produzidos por Walt
Disney e sua equipe, com seus personagens fantásticos, como Pato Donald e
Margarida, os três sobrinhos – Huguinho, Zezinho e Luizinho –, Tio Patinhas, o
sortudo Gastão, Mickey e Minnie, Pateta e Pluto, Tico e Teco, Grilo Falante, Zé
Carioca, Lobão e Lobinho e os filmes da Branca de Neve e os Sete Anões, Bambi,
Tambor e Flor, Pinóquio, A Bela Adormecida, A Dama e o Vagabundo, Peter Pan e o
Capitão Gancho, os Irmãos Metralha etc., e os outros desenhos de produtores
diversos, como Hanna-Barbera, com a famosa dupla Tom e Jerry e outros, Frajola
e Piu-Piu, Gaguinho, Pernalonga, os filmes do Gordo e o Magro, Os Três Patetas,
Carlitos (Charles Chaplin) e tantos outros.
Nas sessões da uma e quinze os famosos e
espetaculares filmes de aventuras dos mocinhos mais tradicionais do cinema,
como Gene Autry, Roy Rogers, Hoppalong Cassidy, Zorro, Durango Kid, Búfalo
Bill, Buck Jones, Johnny Mack Brown, Tim Holt, Tom Mix, Rex Allen e muitos
outros, sempre às voltas com os bandidos e índios Peles Vermelhas. Também eram
exibidos filmes que eram demasiadamente apreciados pela juventude, como o
Capitão Marvel, Homem Aranha, Mandrake, Capitão América, Fantasma, Batman e
Robin, Shazam, Don Chicote e Flecha Ligeira, Tarzã, especialmente aqueles com o
preferido Johnny Weissmuller, Chita, Jane e Boy, Jim das Selvas, as aventuras
do espetacular cachorro pastor alemão Rin-Tin-Tin e, antes do encerramento das
sessões, os tradicionais, intrigantes e esperados seriados que eram o grande
chamativo para que não deixássemos de assistir ao próximo capítulo. Os seriados
representavam, naquela época, o mesmo que as novelas representam hoje, em
nossos dias. Essas sessões eram concorridíssimas e vividas intensamente com
muito entusiasmo e emoção. Alguns seriados ficaram famosos: Dentre muitos, Os
Segredos de Nyoka, O Cavaleiro Fantasma, com Buck Jones, A volta do Zorro, com
John Carrol, Os mistérios de Fumanchu.
Cada vez que o mocinho se saía bem em determinada
situação era um alvoroço, a criançada e os jovens assobiavam, batiam palma,
gritavam, faziam a maior algazarra e não perdiam um detalhe sequer das cenas
seguintes. Além disso, tudo era muito gostoso participar dessas sessões que,
por via de regra, eram regadas pelas pipocas quentinhas, feitas na entrada do
cinema no carrinho especial com fogareiro a querosene pelo saudoso Sr. Clides
(Euclides) que morava ali nos fundos da Vila Ferraz, que também levava, já
previamente preparados em sua casa, porém bem quentinhos, os inigualáveis e
deliciosos amendoins torrados na casca que, na época do inverno, para espantar
um pouquinho o frio, colocávamos nos bolsos das calças e ajudavam a esquentar
nossas pernas.
Era muito gostoso, divertido e muito bom; porém, com certeza, era horrível e muito trabalhoso para o pessoal que fazia a limpeza do cinema, pois as cascas retiradas dos amendoins e as suas películas vermelhas, infelizmente, eram jogadas no chão. Varrer e retirar toda aquela sujeira deve ter gerado, inúmeras vezes, muitos xingamentos pesados e até merecidos.
Era muito gostoso, divertido e muito bom; porém, com certeza, era horrível e muito trabalhoso para o pessoal que fazia a limpeza do cinema, pois as cascas retiradas dos amendoins e as suas películas vermelhas, infelizmente, eram jogadas no chão. Varrer e retirar toda aquela sujeira deve ter gerado, inúmeras vezes, muitos xingamentos pesados e até merecidos.
Na Bombonière do cinema era comum comprarmos uma
espécie de goma que tinha o nome de Fruna. Dentro de suas embalagens vinha uma
figurinha com artistas do cinema, as quais eram colecionadas, trocadas e
utilizadas para o jogo da abafa-abafa. Nesse jogo, que dependia das apostas, as
figurinhas eram colocadas no chão ou sobre uma mesa – se existisse alguma nas
proximidades –, duas, três, quatro ou mais por participante, com a principal figura
virada para baixo, e o jogo era iniciado com o tradicional par ou ímpar. Quem
vencesse tinha o direito de começar. Batia com a palma da mão sobre o monte de
figurinhas e seria o dono daquelas que ficassem com a figura principal à vista
e desviradas. Se não conseguisse desvirar nenhuma delas, o adversário seria o
próximo a tentar desvirar as figurinhas, e assim sucessivamente, até não restar
figurinhas a serem desviradas.
Nesse nosso saudoso Cine Glória aconteceu muitas
histórias maravilhosas, de flertes inocentes de crianças, de namorinhos à
distância, de amores clandestinos, de intensas paixões e gamações juvenis
maravilhosas, e até de amores e paixões eternamente duradouras por todos os
tempos.
Não podemos deixar de lembrar: das figuras inesquecíveis
que por lá passaram e que eram os responsáveis pelo Cine Glória, o Sr.
Sebastião Corrêa Cintra e José Pinheiro Silva, que foram seus dedicados
gerentes durante longos anos; do Sr. Romeu Godoy e do Sr. Maiolino, que foram
os projecionistas; do pessoal da bilheteria, entre os quais o Sr. Phelipe, o
Olavo Sandin, o Medeiros e o Sr. Primitivo Sotello; do Aristarco de Assis,
artista responsável pela elaboração dos letreiros e cartazes das propagandas
dos filmes; da D. Maria, esposa do Sr. Romeu Godoy, que tomava conta da Bombonière;
dos porteiros Mauro Medeiros e o Sr. Nico; dos famosos três pisos do cinema: a plateia,
situada no piso térreo, com suas tradicionais poltronas de madeira da Marca
“CIMO”, com assento basculante; do “Pulmann”, situado entre o piso térreo e
segundo andar, local privilegiado e sofisticado do cinema, com ingressos de
preços mais caros, com direito a poltronas estofadas em ambiente mais refinado.
Algumas dessas poltronas recebiam uma capa de tecido especial, devidamente
identificadas com letras graúdas, ficando reservadas, exclusivamente, para as
autoridades Municipais e respectivas esposas, como Promotor de Justiça, Juiz de
Direito, Delegado de Polícia e Prefeito Municipal. Do setor da Geral, com seus
bancos de concreto, com ingressos a preços bem reduzidos, entrada externa e
independente, situado no segundo e último andar, pejorativamente denominado,
por todos, de poleiro.
Também, é impossível deixar de lembrar os exigentes
e rigorosos Comissários de Menores que sempre estavam nas sessões da tarde e da
noite, zelando e exigindo o fiel cumprimento das censuras impostas e
estabelecidas para a exibição dos filmes. Entre eles, o Armênio Soares Pereira,
o Mário Andreoli, o Agripino Lopes de Moraes, o Walter Vasconcellos, a D.
Carmem Astolfi e a D. Elisa Guedes Lagoa. Enfim, quem viveu um pouco nessa
época jamais irá esquecê-los.
Infelizmente, nos dias de hoje, essas maravilhas
nunca mais irão se repetir. Hoje, a juventude e as pessoas têm outras opções de
divertimento e lazer muito diferentes dessas, que eram simples e inocentes,
onde não havia maldade ou perigo de qualquer espécie. Esse privilégio creiam,
para nossa alegria e satisfação, foi somente nosso. Prova disso é que a maioria
dos cinemas já teve suas portas fechadas ou suas quantidades sensivelmente
reduzidas, especialmente após o incremento e a redução dos custos dos aparelhos
de televisão, possibilitando que as pessoas vejam seus filmes e programas
prediletos no aconchego de seus lares, porém em prejuízo do convívio público
com amigos e pessoas da sociedade.
Enquanto
vivermos, a lembrança do Cine Glória e de suas histórias fantásticas ficará
eternizada em nossas memórias, com muita saudade.
Amazonas (São Paulo - SP)
Inauguração : 02/02/1956
Programa inaugural : "Jornada Sangrenta", de Frederick de Cordova, com Audie Murphy e Joan Evans e "O Grande Rebelde", com Richard Todd.
Exibidor : Empresa Cinematográfica Sul Ltda.
Endereço : Praça Padre Damião, 67 - Vila Prudente
Capacidade : cerca de 1500 lugares
Som e projeção : Empresa Cinematográfica Triumpho
Em funcionamento ? : Não. Hoje, agência bancária.
Programa inaugural : "Jornada Sangrenta", de Frederick de Cordova, com Audie Murphy e Joan Evans e "O Grande Rebelde", com Richard Todd.
Exibidor : Empresa Cinematográfica Sul Ltda.
Endereço : Praça Padre Damião, 67 - Vila Prudente
Capacidade : cerca de 1500 lugares
Som e projeção : Empresa Cinematográfica Triumpho
Em funcionamento ? : Não. Hoje, agência bancária.
Olympia (São Paulo - SP)
Theatro Olympia
Inauguração pública e solene : 24/03/1922
Programa inaugural (em benefício do Hospital de Caridade do Brás) :
Filme "O Conquistador", com William Farnum;
Teatro de Revista "O Que o Rei Não Viu", pela Companhia Arruda;
Apresentação musical da banda da Força Pública.
Reinauguração : 16/10/1924 - após reforma, pois o prédio foi atingido por bombardeios das tropas federais a São Paulo na Revolução de 1922.
Proprietários : Cia. Puglisi
Construção : Empresa L. Carbone e Cia.
Projeto : Eng. José Sacchetti
Arrendatários : Empresa Theatral Paulistana. Depois, em 1923, Cia. Teatral Olímpia S.A.. De 1924 a 1929, Empresas Cinematográficas Reunidas Ltda.
Gerente em 1922 : Avellar Pereira
Endereço : Av. Rangel Pestana, 120 - Brás
(saída pela Rua Caetano Pinto)
Capacidade : cerca de 3500 lugares, possuía um grande palco e, ainda, 50 camarins.
Projeção : marca Pathé, com motor e dínamo Bergman.
Em funcionamento ? : Não. Fechou em 18/02/1950.
Inauguração pública e solene : 24/03/1922
Programa inaugural (em benefício do Hospital de Caridade do Brás) :
Filme "O Conquistador", com William Farnum;
Teatro de Revista "O Que o Rei Não Viu", pela Companhia Arruda;
Apresentação musical da banda da Força Pública.
Reinauguração : 16/10/1924 - após reforma, pois o prédio foi atingido por bombardeios das tropas federais a São Paulo na Revolução de 1922.
Proprietários : Cia. Puglisi
Construção : Empresa L. Carbone e Cia.
Projeto : Eng. José Sacchetti
Arrendatários : Empresa Theatral Paulistana. Depois, em 1923, Cia. Teatral Olímpia S.A.. De 1924 a 1929, Empresas Cinematográficas Reunidas Ltda.
Gerente em 1922 : Avellar Pereira
Endereço : Av. Rangel Pestana, 120 - Brás
(saída pela Rua Caetano Pinto)
Capacidade : cerca de 3500 lugares, possuía um grande palco e, ainda, 50 camarins.
Projeção : marca Pathé, com motor e dínamo Bergman.
Em funcionamento ? : Não. Fechou em 18/02/1950.
Para mais informações, acesse :
"Inventário dos espaços de sociabilidade
cinematográfica na cidade de São Paulo: 1895-1929", de José Inácio de Melo Souza.
Cinemas (Brodowski - SP)
Num pavilhão coberto de zinco, ao lado da estação de trem, nos primórdios da cidade, eram projetados filmes cinematográficos. Em 1909, o padre Josué Silveira de Matos exibia filmes religiosos e educativos na Casa Paroquial, localizada na atual Praça Cândido Portinari.
Em 1910, Augusto Fernandes Leomil inaugurou o Cinema Ideal. Ele funcionou até 1930 e foi o centro de encontro das famílias de Brodowski. Além de filmes mudos, havia saraus dançantes e diversas festas, como os bailes de carnaval. Em 1919, surgiu, por iniciativa de Estanislau Scozzafave, o Cinema dos Aliados, que durou menos de três anos.
Inaugurou-se em 1922, o Cinema União, montado por Scozzafave, Antonio Ferraz Braga e Francisco Malheiros, que funcionou até 1925, quando pertencia a João Zinato, Manoel Gonçalves e Batista Malteca.
Em 1928, surgiu no prédio da Sociedade Dante Alighieri, o cine Glória, vendido e transferido para a Rua Floriano Peixoto em 1934.
Com a exibição do filme "Os Últimos Dias de Pompéia", em 1937, foi inaugurado o cine Paratodos, que projetou em Brodowski os grandes filmes da época. Em 1952, foi criado o cine Santa Amélia.
Foto e texto do livro "Brodowski - Terra de Portinari", da coleção "Conto, canto e encanto com a minha história..." - Editora Noovha América - 2005
Em 1910, Augusto Fernandes Leomil inaugurou o Cinema Ideal. Ele funcionou até 1930 e foi o centro de encontro das famílias de Brodowski. Além de filmes mudos, havia saraus dançantes e diversas festas, como os bailes de carnaval. Em 1919, surgiu, por iniciativa de Estanislau Scozzafave, o Cinema dos Aliados, que durou menos de três anos.
Inaugurou-se em 1922, o Cinema União, montado por Scozzafave, Antonio Ferraz Braga e Francisco Malheiros, que funcionou até 1925, quando pertencia a João Zinato, Manoel Gonçalves e Batista Malteca.
Em 1928, surgiu no prédio da Sociedade Dante Alighieri, o cine Glória, vendido e transferido para a Rua Floriano Peixoto em 1934.
Com a exibição do filme "Os Últimos Dias de Pompéia", em 1937, foi inaugurado o cine Paratodos, que projetou em Brodowski os grandes filmes da época. Em 1952, foi criado o cine Santa Amélia.
Foto e texto do livro "Brodowski - Terra de Portinari", da coleção "Conto, canto e encanto com a minha história..." - Editora Noovha América - 2005
Cine Teatro de Arujá (Arujá - SP)
Endereço : Rua José Basílio de Alvarenga - Bairro Flora Regina
Em funcionamento ? : Não. Hoje, um mini shopping.
Em funcionamento ? : Não. Hoje, um mini shopping.
Santa Cecília (Bananal - SP)
Teatro e Cine Santa Cecília
Foi constituído em novembro de 1866, como Empresa Teatral Santa Cecília, tendo sido encarregados pelas obras o Dr. Manoel Pinto da Silva Torres, o capitão Manoel Rebelo da Rosa, Filinto Eliseo Nogueira, o major Francisco de Paula Azevedo, o Dr. João Venâncio de Andrade e o tenente Francisco Gabriel Guimarães.
Sua inauguração se deu com a presença da nobreza e de toda fina flor da sociedade bananalense, com apresentações de recitais e grandes espetáculos. Tratava-se de um ponto de encontro elegante, não só pelo público seleto, mas por sua arquitetura e decoração. Em seu teto uma figura retratava o "Inferno de Dante", um trabalho de grande expressão artística.
A indumentária usada nessas ocasiões era esmerada e servia como um espetáculo à parte aos olhos curiosos que queriam ver ou exibir o que de mais novo poderia ser apresentado em termos de requinte e soberba. Durante os espetáculos e bailes, muitos homens exibiam casacas, sobrecasacas, fraques e cartolas vindos da Europa. As senhoritas, damas e matronas ostentavam ricos vestidos de seda, luvas, chapéus e leques revestidos de madrepérola.
Em fevereiro de 1868 foi publicado o estatuto que regulava o estabelecimento e o desenvolvimento do Teatro Santa Cecília, sob a denominação de Empresa Teatral Santa Cecília.
Neste teatro apresentaram-se grandes atores em dramas e comédias da mais alta expressão. Antônio de Oliveira Ancede e Olímpio Pantalcão mantinham um grupo de amadores que apresentava uma série de espetáculos fora das altas temporadas.
Em 1908, Dna. Marieta Varajão organizou um grupo de adolescentes que apresentaram, entre outras, a opereta-comédia "Lua de Mel", da qual participaram Julieta Ramos, Caçula Oliveira, Ermelinda Varajão, Maria Augusta Valente (Bujeca) e as semi-sopranos Maria Galvão e Laura Azevedo. O prédio tinha 16 frisas, quase ao nível da plateia, e mais 16 camarotes, sendo oito de cada lado. Em 1918, com a chegada da luz elétrica, foi feita a primeira reforma, que transformou o teatro em cinema, e seu nome passou a Cine Santa Cecília, começando assim o cinema mudo. Em 1959, o prédio passou por nova reforma e, hoje, funciona como Centro Cultural Carlos Cheminand e sede da Secretaria da Cultura, Turismo e Esporte.
Informações e foto do livro "Estância Turística e Ecológica de Bananal - Terra dos Barões do Café", da Editora Nova América.
Foi constituído em novembro de 1866, como Empresa Teatral Santa Cecília, tendo sido encarregados pelas obras o Dr. Manoel Pinto da Silva Torres, o capitão Manoel Rebelo da Rosa, Filinto Eliseo Nogueira, o major Francisco de Paula Azevedo, o Dr. João Venâncio de Andrade e o tenente Francisco Gabriel Guimarães.
Sua inauguração se deu com a presença da nobreza e de toda fina flor da sociedade bananalense, com apresentações de recitais e grandes espetáculos. Tratava-se de um ponto de encontro elegante, não só pelo público seleto, mas por sua arquitetura e decoração. Em seu teto uma figura retratava o "Inferno de Dante", um trabalho de grande expressão artística.
A indumentária usada nessas ocasiões era esmerada e servia como um espetáculo à parte aos olhos curiosos que queriam ver ou exibir o que de mais novo poderia ser apresentado em termos de requinte e soberba. Durante os espetáculos e bailes, muitos homens exibiam casacas, sobrecasacas, fraques e cartolas vindos da Europa. As senhoritas, damas e matronas ostentavam ricos vestidos de seda, luvas, chapéus e leques revestidos de madrepérola.
Em fevereiro de 1868 foi publicado o estatuto que regulava o estabelecimento e o desenvolvimento do Teatro Santa Cecília, sob a denominação de Empresa Teatral Santa Cecília.
Neste teatro apresentaram-se grandes atores em dramas e comédias da mais alta expressão. Antônio de Oliveira Ancede e Olímpio Pantalcão mantinham um grupo de amadores que apresentava uma série de espetáculos fora das altas temporadas.
Em 1908, Dna. Marieta Varajão organizou um grupo de adolescentes que apresentaram, entre outras, a opereta-comédia "Lua de Mel", da qual participaram Julieta Ramos, Caçula Oliveira, Ermelinda Varajão, Maria Augusta Valente (Bujeca) e as semi-sopranos Maria Galvão e Laura Azevedo. O prédio tinha 16 frisas, quase ao nível da plateia, e mais 16 camarotes, sendo oito de cada lado. Em 1918, com a chegada da luz elétrica, foi feita a primeira reforma, que transformou o teatro em cinema, e seu nome passou a Cine Santa Cecília, começando assim o cinema mudo. Em 1959, o prédio passou por nova reforma e, hoje, funciona como Centro Cultural Carlos Cheminand e sede da Secretaria da Cultura, Turismo e Esporte.
Informações e foto do livro "Estância Turística e Ecológica de Bananal - Terra dos Barões do Café", da Editora Nova América.
Assinar:
Postagens (Atom)
Arquivo do blog
-
►
2024
(14)
- ► outubro 2024 (1)
- ► julho 2024 (12)
- ► janeiro 2024 (1)
-
►
2021
(18)
- ► junho 2021 (5)
- ► janeiro 2021 (7)
-
►
2020
(1)
- ► dezembro 2020 (1)
-
►
2019
(22)
- ► janeiro 2019 (22)
-
►
2018
(18)
- ► outubro 2018 (6)
- ► junho 2018 (3)
- ► abril 2018 (6)
- ► janeiro 2018 (3)
-
►
2017
(16)
- ► setembro 2017 (1)
- ► junho 2017 (15)
-
►
2016
(24)
- ► novembro 2016 (1)
- ► agosto 2016 (2)
- ► julho 2016 (1)
- ► junho 2016 (5)
-
►
2015
(152)
- ► novembro 2015 (1)
- ► outubro 2015 (11)
- ► agosto 2015 (7)
- ► julho 2015 (38)
- ► junho 2015 (39)
- ► abril 2015 (33)
- ► março 2015 (1)
- ► fevereiro 2015 (7)
- ► janeiro 2015 (1)
-
►
2014
(258)
- ► dezembro 2014 (32)
- ► novembro 2014 (26)
- ► outubro 2014 (11)
- ► setembro 2014 (26)
- ► agosto 2014 (43)
- ► junho 2014 (37)
- ► abril 2014 (29)
- ► março 2014 (18)
- ► fevereiro 2014 (15)
- ► janeiro 2014 (2)
-
►
2013
(85)
- ► dezembro 2013 (13)
- ► novembro 2013 (10)
- ► outubro 2013 (8)
- ► setembro 2013 (5)
- ► agosto 2013 (27)
- ► junho 2013 (5)
- ► abril 2013 (4)
- ► março 2013 (4)
- ► fevereiro 2013 (6)
- ► janeiro 2013 (3)
-
►
2012
(7)
- ► dezembro 2012 (3)
- ► setembro 2012 (2)
- ► agosto 2012 (1)
- ► janeiro 2012 (1)
-
►
2011
(13)
- ► novembro 2011 (1)
- ► outubro 2011 (1)
- ► agosto 2011 (8)
- ► junho 2011 (1)
- ► março 2011 (1)
-
►
2010
(19)
- ► novembro 2010 (2)
- ► outubro 2010 (1)
- ► setembro 2010 (1)
- ► agosto 2010 (1)
- ► julho 2010 (6)
- ► junho 2010 (1)
- ► abril 2010 (1)
- ► março 2010 (5)
-
►
2009
(123)
- ► dezembro 2009 (1)
- ► novembro 2009 (10)
- ► outubro 2009 (8)
- ► setembro 2009 (23)
- ► agosto 2009 (32)
- ► julho 2009 (1)
- ► junho 2009 (2)
- ► abril 2009 (2)
- ► março 2009 (8)
- ► fevereiro 2009 (4)
- ► janeiro 2009 (1)
-
►
2008
(187)
- ► dezembro 2008 (6)
- ► novembro 2008 (21)
- ► outubro 2008 (7)
- ► setembro 2008 (15)
- ► agosto 2008 (56)
- ► julho 2008 (2)
- ► junho 2008 (7)
- ► abril 2008 (13)
- ► março 2008 (7)
- ► fevereiro 2008 (41)
- ► janeiro 2008 (6)
-
►
2007
(26)
- ► dezembro 2007 (8)
- ► novembro 2007 (1)
- ► setembro 2007 (1)
- ► agosto 2007 (5)
- ► abril 2007 (7)
- ► fevereiro 2007 (2)
- ► janeiro 2007 (2)
-
►
2006
(98)
- ► novembro 2006 (1)
- ► setembro 2006 (4)
- ► junho 2006 (6)
- ► abril 2006 (36)
- ► janeiro 2006 (1)
-
►
2001
(12)
- ► dezembro 2001 (2)
- ► novembro 2001 (2)
- ► outubro 2001 (1)
- ► setembro 2001 (1)
- ► agosto 2001 (1)
- ► julho 2001 (1)
- ► junho 2001 (1)
-
►
2000
(41)
- ► dezembro 2000 (5)
- ► outubro 2000 (3)
- ► setembro 2000 (10)
- ► agosto 2000 (7)
- ► julho 2000 (1)
- ► março 2000 (3)
- ► fevereiro 2000 (6)
ACESSE O BLOG INICIAL
BIBLIOGRAFIA DO BLOG
PRINCIPAIS FONTES DE PESQUISA
1. Arquivos institucionais e privados
Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.
2. Principais publicações
Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.
Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.
Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.
Periódico Acrópole (1938 a 1971)
Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981
Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990
Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos
FONTES DE IMAGEM
Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.
Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.
PRINCIPAIS COLABORADORES
Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.
OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.