Saci (São Paulo - SP)

Inauguração : 05/02/1966
Proprietários : Cinemas Rotiba Ltda.
Jaime Schvarzman Rotbart e Dr. João Ibaixe
Endereço : Av. São João, 285 - Centro
Em funcionamento ? : Não.
O prédio foi derrubado para dar lugar a "Praça das Artes".
Histórico :
Nos primeiros anos foi um cinema de primeira linha. Acompanhando a decadência da região central passou a exibir reprises de lançamentos e, depois, pornografia até o seu fechamento.

 

Anúncio de inauguração

Saci (São Paulo - SP)

Jaime Schvarzman Rotbart e o projeto do cine Jaiment, depois rebatizado como cine Saci.

Oscarito (Cineclube) (São Paulo - SP)

Inauguração : 12/07/1985 (18hs.)
Filme inaugural : "Assim Era a Atlântida", de Carlos Manga (um dos principais diretores da Atlântida, produtora de chanchadas, onde Oscarito fez a maior parte dos seus filmes).
Fundadores :
Centro de Estudos Paulo Emilio Salles Gomes, que tinha como Presidente-executivo, Felipe Macedo.
André Sturm, atual diretor-executivo do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS) e proprietário do Cine Caixa Belas Artes, também, foi um dos fundadores do cineclube, além de programador e tesoureiro até meados de 1986.
Som e projeção : Projetores Pathé e áudio com 8 canais.
Capacidade : cerca de 110 lugares
Em funcionamento ? : Não. Hoje, Teatro Studio Heleny Guariba.
Antes, cine Bijou - Sala Sérgio Cardoso.

Curiosidades :
Os filmes da programação eram trocados semanalmente e ficavam em cartaz de quinta a terça-feira, às 18, 20 e 22 horas. Às quartas-feiras eram apresentados ciclos especiais as 18 e 20 horas, seguidos de debates. Nas sessões da meia-noite de sexta e sábado, havia sempre uma fita diferente. E aos sábados, às 14 e 16 horas, e domingos, às 15 horas, ocorriam projeções especiais para o público infantil e adolescente. Na última sexta-feira do mês, eram exibidos filmes diferentes da meia-noite ao amanhecer, numa promoção chamada "Noitão".

Histórico :
Em 1985, cineclubistas dissidentes do Cineclube Bixiga, criaram o Centro de Estudos Paulo Emilio Salles Gomes e um novo cineclube, o Oscarito, onde foram realizadas mostras e ciclos de importantes diretores, como Fassbinder e Fritz Lang. O Oscarito participou, também, de projetos externos, como o "6 e meia", exibindo filmes do cinema mudo no MASP. O cineclube levou ainda seus projetores para a rua e foi animar comunidades de diferentes regiões da cidade, com o projeto "Cinema na Rua". Para obter recursos, o Oscarito criou convênios com entidades culturais e empresas que davam descontos em sua programação. O cineclube tinha diversos tipos de associação, desde a vitalícia até anual, semestral ou mesmo trimestral. A partir de 15/01/1992, passou a pertencer ao Circuito Cineclube, que tinha, além do Oscarito, o Elétrico Cineclube, sala 1 e 2.

Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Dias: o Oscarito



Bijou (São Paulo - SP)

Sala Bijou
Inauguração pública : 12/10/1962
Filme inaugural :
"A Lenda do Amor" (Bulgária, 1957), de Vaclav Krska.
Fundador e proprietário : Jaime Schvarzman Rotbart (argentino)
A partir de 1969, Francisco Augusto Coelho.
Endereço : Praça Franklin Roosevelt, 172 - Consolação
Capacidade : 77 lugares

Histórico da sala :
Esta sala teve as atividades encerradas em 1996 e permaneceu fechada por três anos. O cinema seria derrubado para a construção de um estacionamento, mas o espaço acabou sendo arrendado pela Escola de Teatro Recriarte, fundada por Gabriel Catellani.

Em 05/10/1999, o Cine Teatro Bijou Recriarte foi inaugurado com o filme "O Sétimo Selo" (Suécia, 1956), de Ingmar Bergman. Depois, em set./2000, o cine teatro ganhou um patrocinador, mudando o nome para Cine Teatro Zip.net Bijou Recriarte. As atividades cinematográficas foram encerradas em 2001, com o fim do contrato de patrocínio.

Em seguida, o espaço foi rebatizado como Teatro do Ator e funcionou até 2019.

O espaço estava na iminência de se transformar em um bar ou uma igreja. Foi nesse momento que Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, fundadores do grupo Os Satyros, abraçaram o espaço com o sonho de devolver à cidade um dos poucos cinemas de rua da capital paulista. Com os altos custos para a revitalização do cinema, o grupo contou, além da aplicação de recursos próprios, com a ajuda de personalidades como Patricia Pillar, Maria Bonomi, Walcyr Carrasco, Maria Helena Peres, Carlos Giannazi, Celso Giannazi, e personalidades anônimas, que colaboraram de forma direta ou através de campanha de financiamento coletivo, para levantamento e modernização da sala.

Após dois anos sem poder abrir o espaço, em decorrência do período pandêmico, finalmente, em 25/01/2022, o histórico cine Bijou é reinaugurado como Satyros Bijou.

Sala Sérgio Cardoso
Segunda sala do cine Bijou.
Inauguração pública : 23/11/1972
Filme inaugural :
"Julieta dos Espíritos" (França/Itália, 1965), de Federico Fellini.
Fundador e proprietário : Francisco Augusto Coelho
Endereço : Praça Franklin Roosevelt, 184 - Consolação
Som e projeção : Projetores Pathé 35 mm. e áudio com dois canais.
Capacidade : 50 lugares
Última sessão da Sala Sérgio Cardoso : 23/06/1985

Histórico da sala :
Em 12/07/1985, a sala passou a sediar o Cineclube Oscarito, inaugurado com o filme "Assim Era a Atlântida", de Carlos Manga. O cineclube era mantido pelo Centro de Estudos Paulo Emilio Salles Gomes e tinha como presidente-executivo, Felipe Macedo. A sala teve os projetores "Pathé" reformados e o sistema de som trocado por um de 8 canais. Mas tarde, foi instalado um sistema de ar-condicionado.

A partir de 15/01/1992, o Oscarito passou a fazer parte do Circuito Cineclube, que tinha, também, o Elétrico Cineclube, com duas salas. Em 1996, o local foi transformado em Teatro de Câmara de São Paulo e, a partir de 1997, Teatro Studio 184.

Depois, a partir de 24/07/2010, por um curto período, o teatro passou a realizar exibições cinematográficas gratuitas, quinzenalmente, sempre aos sábados, através do projeto
"Cine Bijou - Cinema e Memória".

Em 17/03/2013, o Teatro Studio 184 é renomeado: Teatro Studio Heleny Guariba.

Curiosidades :
Nos anos de 1960, o cine Bijou tornou-se uma das principais salas do circuito de filmes de arte, que se completava com os cines Belas Artes e Coral. Tornou-se, também, referência obrigatória para os universitários, como os da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (então na Rua Maria Antônia) e Universidade Mackenzie. 

Na época da ditadura militar, o Bijou foi um dos únicos cinemas a manter em cartaz filmes relacionados a grevistas e sindicalistas em sua grade de programação. Também era utilizado como ponto de encontro por diversos artistas, que viviam em uma época onde a arte era brutalmente censurada. 

No final de 2013, o cinema foi homenageado no livro de memórias 'Cine Bijou', do jornalista Marcelo Coelho.





Recriarte Bijou (São Paulo - SP)

Cine Teatro Recriarte Bijou

Inauguração solene : 05/10/1999
Inauguração pública : 06/10/1999
Filme inaugural : "O Sétimo Selo" (1956), de Ingmar Bergman.
Peça de teatro inaugural : "O Senhor dos Girassóis".
Proprietário : Gabriel Catellani (fundador da Escola de Teatro Recriarte)
Gerente da sala : Fausto Silvester
Endereço : Praça Franklin Roosevelt, 172 - Centro
Capacidade : cerca de 130 lugares
Depois, em set./2000, Cine Teatro Zip.net Recriarte Bijou.
Em funcionamento ? : Não. Encerrou as atividades cinematográficas em 2001.
Hoje, Teatro do Ator.
Antes, cine Bijou.

Casablanca (Campinas - SP)

Inauguração pública : 30/01/1953
Filme inaugural : "A Serpente do Nilo" (1953), de William Castle, com Rhonda Fleming.
Endereço : Praça Correia de Lemos - Vila Rialto
Campinas - SP
Capacidade : cerca de 1400 lugares
Em funcionamento ? : Não. O prédio foi vendido a Prefeitura, que o transformou em Teatro Municipal José de Castro Mendes, inaugurado em 06/12/1974 e reinaugurado (após reforma) em 05/12/2012.

Curiosidades :
O cine Casablanca tinha uma fachada convexa, pintada de branco e profusamente iluminada, em obra artesanal, expunha dunas de areia desértica e oásis marroquino, a lembrar o grande inspirador do seu nome, o então já clássico filme de 1942, "Casablanca", de Michael Curtiz.
O cinema exigiu dos cinéfilos, por um bom tempo, trajes sociais (paletó para homens).
No início exibia, com exclusividade, filmes da Columbia Pictures e da Paramount Pictures, esta última, um tempo depois, com o processo de projeção panorâmica "VistaVision", justamente para competir com o cine Ouro Verde (inaugurado em 15/06/1955) e seus filmes em "CinemaScope", da Century Fox.
Tinha tela protegida por cortinas.
O Sr. Alberto Chiavoloni foi gerente do cinema nos anos de 1950 e 1960.
A história do cinema e do atual teatro foi tema de enredo do tradicional bloco de rua "Nem Sangue Nem Areia" no Carnaval 2013.

Para mais informações, acesse História dos Cinemas de Campinas.

Fontes de pesquisa:
Site "Campinas de Outrora" e jornal "Correio Popular", de 02/02/2003.
Fotos de Carlos Bassan, Gilberto De Biasi e Renato Chiavoloni.














Arquivo do blog

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BIBLIOGRAFIA DO BLOG

PRINCIPAIS FONTES DE PESQUISA

1. Arquivos institucionais e privados

Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.

2. Principais publicações

Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.

Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.

Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.

Periódico Acrópole (1938 a 1971)

Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981

Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990

Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos

FONTES DE IMAGEM

Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.

Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.

PRINCIPAIS COLABORADORES

Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.

OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.