Marrocos (Itu - SP)

Inauguração solene : 03/04/1952
Proprietários : Horácio Santalucia, Dr. Felipe Nagib Chebel e Nahin Cury, titulares da Empresa Santalucia & Cia. Ltda.
Endereço : Rua Paula Souza, 703 - Centro - Itu - SP
Capacidade : cerca de 1000 lugares
Em funcionamento ? : Não. Hoje, estacionamento.
Curiosidades :
Na cerimonia inaugural foram exibidos curta-metragens e documentários.





Inauguração do cinema: da esquerda para direita, Fiori Secreto (da Art Filmes) e os proprietários Horácio Santalucia, Dr. Felipe Nagib Chebel e Nahin Cury


Maio/2011


São José (São Roque - SP)

Cine Teatro São José
Inauguração pública : 19/03/1951
Filme inaugural : "Deus lhe Pague" (Argentina, 1948), com Arturo de Cordova e Zully Moreno.
Proprietário : Vasco Barioni
Capacidade : cerca de 1500 lugares
Em funcionamento ? : Não. O cinema está desativado.
Curiosidades :
O teto do cine teatro desabou em 14/09/2009.





Desabamento de parte do teto em 14/09/2009

Central (São Roque - SP)

Endereço : Praça da Matriz, 52
São Roque - SP
Proprietários : Ghilardi & Barione
Capacidade : cerca de 400 lugares
Em funcionamento ? : Não





1940/41


1973

2015

Rio Branco (Jacareí - SP)

Inauguração pública : 25/12/1911
Proprietários : Empresa Cinematográfica Reunidas Maximo Ltda. (Albano Maximo e filhos)
Endereço : Praça Conde Frontin - Centro
Jacareí - SP
Em funcionamento ? : Não. Hoje, igreja evangélica.
Curiosidades :
Em 1952, o antigo cinema foi demolido para dar lugar a um novo prédio, um novo e maior cinema.

Rosario (Jacareí - SP)

Inauguração pública : 16/10/1943
Endereço : Praça Barão do Rio Branco, 35 - Centro
Proprietários : Empresas Reunidas Máximo (Albano Máximo e filhos).
Capacidade : cerca de 1200 lugares
Em funcionamento ? : Não. Fechou em 1998.
Curiosidades :
Em 1974 passou por ampla reforma promovida por Nilo Máximo. O imóvel ficou abandonado por muitos anos e hoje abriga uma churrascaria.














O cine Rosario era o meu preferido. Administrado pela Família Máximo, este cinema era considerado da elite, enquanto o Rio Branco e, principalmente, o Avenida, surgido muitos anos depois, era do povão.

Na minha juventude, este cinema exibia coisas inimagináveis para um cinema de interior. Periodicamente eram exibidos festivais de filmes. Uma semana inteira era dedicada a um tipo de filmes como Os Reis do Riso (Charles Chaplin, O Gordo e o Magro, Harry Langdon), Festival Tom & Jerry, Festival de Operetas (Nelson Eddy e Jeanette MacDonald) e muito mais. Sem contar os seriados. Os meus preferidos eram e, ainda são, "O Misterioso Dr. Satan" (morria de medo daqueles robôs de lata), "O Homem Foguete" (sonhava, um dia, em ter um equipamento e poder voar como ele) , "Os Perigos de Nyoka" (adorava Kay Aldridge, pois seu uniforme, com um shortinho até os joelhos, fazia a molecada assobiar, e a sexy bandida Vultura e seu animal de estimação, um horrível gorila), "Império Submarino" e "Os Tambores de Fu-Manchu". 

Nunca vou esquecer de "Sinfonia Carioca", com minha atriz brasileira preferida, a Eliana Macedo. Nem o dia em que o CinemaScope foi inaugurado, com o filme "O Manto Sagrado". Depois veio "Lança Partida" com Spencer Tracy, "O Príncipe Valente" com Robert Wagner (e seu indescritível penteado) e Janet Leigh, "O Escudo Negro de Falworth" com Tony Curtis e a mesma Janet Leigh, etc.

A projeção e o som eram impecáveis. O responsável pela projeção era um senhor que chamávamos de João Caolho. Era um craque! Numa época em que a projeção era feita com luz de eletrodo de carvão, qualquer descuido queimava o filme, isto raramente acontecia com o João. Sabia a distância certa dos eletrodos e a imagem era sempre muito nítida, clara. Até em filmes nacionais dava para entender os diálogos, o que era raro naquela época. Como os rolos dos filmes não eram emendados, eram utilizados 2 projetores e ele sabia o tempo exato para passar de uma máquina para a outra. A gente nem percebia.

Houve uma época em que se comemorou não sei quantos anos do cinema nacional (desculpe a falha de memória). Foi uma semana exibindo filmes nacionais em cópias recuperadas: "O Cangaceiro", "O Pagador de Promessas", "Os Cafajestes" (versão censurada, é claro - estávamos em plena ditadura), "Macunaíma", "Como Era Gostoso o Meu Francês", etc. Ao todo foram 14 filmes, todos em cópias perfeitas. "Ganga Bruta", de Humberto Mauro, foi exibido com acompanhamento ao vivo de violino e piano.

A cabine de projeção era de uma limpeza impressionante. Não se via um pedaço de filme jogado no chão, ao contrário da cabine do filme "Cine Paradiso".

O último filme que assisti no maravilhoso cine Rosario, foi "La Bamba", nos anos de 1980. Ficou por muito tempo fechado e hoje virou churrascaria. Uma pena.

Por Roberto Tanisho

São Luiz (São Luiz do Paraitinga - SP)

Cine-teatro São Luiz
Proprietários : Empresa Dias & Sales, do Sr. Mario Joaquim Dias.
Endereço : Rua 31 de Março, 1 - Centro
São Luiz do Paraitinga - SP
Em funcionamento ? : Não. Hoje, agência bancária.

O antigo cinema, inaugurado nos anos de 1930, foi reconstruído em 1948. Foram instalados equipamentos de som e projeção da marca Solidus VII-B da Empresa Cinematográfica Pathé.

CineSesc (São Paulo - SP)

Inauguração solene : 21/09/1979
Endereço : Rua Augusta, 2075 - Cerqueira César
Em funcionamento ? : Sim 

Antigo cine Orly, inaugurado em 20/11/1969.
Depois, em 01/05/1975, CINEMA I.

Curiosidades :
Os primeiros filmes exibidos, em sessões normais, foram: "Vidas Secas" (1963), de Nelson Pereira dos Santos (14 h.), "Os Fuzis" (1964), de Ruy Guerra (16 h.) e "J. J. J., O Amigo do Super-Homem" (1978), de Denoy de Oliveira (20 e 22 h.)
Além das sessões normais, o CineSesc, com 448 lugares, tinha muitas sessões especiais:
A Escola Vai ao Cinema - sessão exibida de segunda à sexta-feira, pela manhã, com filmes selecionados para alunos do ensino fundamental e ensino médio;
Jovem - sessão exibida todos os dias, às 18 horas, com filmes dirigidos ao público jovem;
Lançamento - sessão que exibia um filme em "avant-première", aos sábados, às 24 horas;
Revisão - sessão que exibia um filme em reprise, todas as sextas-feiras, às 24 horas;
Zig-Zag - sessão dirigida ao público infantil e exibida aos sábados e domingos, no período da manhã (permanece até hoje, gratuitamente aos domingos, às 11 horas, com o nome de Cineclubinho).
E, em todas as segundas-feiras, um filme inédito era lançado para as sessões normais.
O CineSesc, em sua primeira semana de funcionamento, realizou shows com os cantores Jorge Ben (Jor) e Paulinho da Viola.
Realizou, também, logo após sua inauguração, de 1 a 7 de Outubro de 1979, o 1º Festival do Cinema Brasileiro de São Paulo.

Para mais informações sobre este cinema: link 1 e link 2.


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BIBLIOGRAFIA DO BLOG

PRINCIPAIS FONTES DE PESQUISA

1. Arquivos institucionais e privados

Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.

2. Principais publicações

Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.

Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.

Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.

Periódico Acrópole (1938 a 1971)

Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981

Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990

Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos

FONTES DE IMAGEM

Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.

Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.

PRINCIPAIS COLABORADORES

Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.

OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.