Inauguração solene : 05/10/1999
Inauguração pública : 06/10/1999
Filme inaugural : "O Sétimo Selo" (1956), de Ingmar Bergman.
Peça de teatro inaugural : "O Senhor dos Girassóis".
Proprietário : Gabriel Catellani (fundador da Escola de Teatro Recriarte)
Gerente da sala : Fausto Silvester
Endereço : Praça Franklin Roosevelt, 172 - Centro
Capacidade : cerca de 130 lugares
Depois, em set./2000, Cine Teatro Zip.net Recriarte Bijou.
Em funcionamento ? : Não. Encerrou as atividades cinematográficas em 2001.
Hoje, Teatro do Ator.
Antes, cine Bijou.
Inauguração pública : 30/01/1953
Filme inaugural : "A Serpente do Nilo" (1953), de William Castle, com Rhonda Fleming.
Endereço : Praça Correia de Lemos - Vila Rialto
Campinas - SP
Capacidade : cerca de 1400 lugares
Em funcionamento ? : Não. O prédio foi vendido a Prefeitura, que o transformou em Teatro Municipal José de Castro Mendes, inaugurado em 06/12/1974 e reinaugurado (após reforma) em 05/12/2012.
Curiosidades :
O cine Casablanca tinha uma fachada convexa, pintada de branco e profusamente iluminada, em obra artesanal, expunha dunas de areia desértica e oásis marroquino, a lembrar o grande inspirador do seu nome, o então já clássico filme de 1942, "Casablanca", de Michael Curtiz.
O cinema exigiu dos cinéfilos, por um bom tempo, trajes sociais (paletó para homens).
No início exibia, com exclusividade, filmes da Columbia Pictures e da Paramount Pictures, esta última, um tempo depois, com o processo de projeção panorâmica "VistaVision", justamente para competir com o cine Ouro Verde (inaugurado em 15/06/1955) e seus filmes em "CinemaScope", da Century Fox.
Tinha tela protegida por cortinas.
O Sr. Alberto Chiavoloni foi gerente do cinema nos anos de 1950 e 1960.
A história do cinema e do atual teatro foi tema de enredo do tradicional bloco de rua "Nem Sangue Nem Areia" no Carnaval 2013.
Fontes de pesquisa: Site "Campinas de Outrora" e jornal "Correio Popular", de 02/02/2003. Fotos de Carlos Bassan, Gilberto De Biasi e Renato Chiavoloni.
Em reportagem intitulada Uma cena tétrica e
real fora da tela, o jornal Correio Popular relatou, em 24 de setembro de 1944,
o incêndio que havia destruído o cine República (esquina das ruas Francisco
Glicério e Costa Aguiar) no dia anterior. Em menos de 30 minutos, o cinema foi
completamente consumido pelas chamas. Não houve vítimas. Sete anos depois, no cine Rink, situado a poucos metros de onde ficava o República, na Barão de
Jaguara com a Conceição, outra tragédia, dessa vez com 25 mortos, entre eles muitas
crianças, e mais de 400 feridos.
Tarde de 16 de setembro de 1951, dia de
jogo entre Ponte Preta e XV de Piracicaba no Estádio Moisés Lucarelli. No
intervalo da partida, o sistema de som anuncia o pedido de comparecimento aos
portões de saída de médicos que estivessem no estádio. Ainda não se falava no
acidente, como forma de evitar tumulto na saída dos torcedores. Só no final do
jogo é que os alto-falantes informaram sobre a destruição do cinema.
Dessa forma, desaparecia o local de
diversões que começou em 1878 com um rinque de patinação, passatempo preferido
da elite da época. Depois, o prédio serviu para apresentações de circo, lutas,
bailes e teatro, até se transformar em cinema. No dia 12 de abril de 1930, o
Rink foi cenário de uma das primeiras apresentações de cinema sonoro em Campinas.
No dia do desabamento, o filme em cartaz era "Amar Foi Minha Ruína".
Última sessão
A tragédia do Rink foi tema de projeto
experimental de alunos do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas. Em 1998, os jornalistas Christiane Ribeiro, Crislaine
Coscarelli e Samuel Leite escreveram "A Última Sessão", livro-reportagem com
orientação do professor Marcel Cheida, documento precioso para quem quer
conhecer detalhes daquele dia que abalou Campinas. Confira alguns trechos:
- Três e dezoito... O tempo para. Uma das
vigas que sustenta o meio do telhado se desprende e cai sobre o estuque (tipo
de forro feito com cimento e tela). Este, incapaz de suportar tanto peso,
desencadeia uma avalanche de madeiras, pregos e telhas sobre centenas de pessoas
e atinge principalmente as que se sentaram nas fileiras do meio.
- As vítimas foram colocadas na calçada em
frente ao cinema, algumas foram atendidas na Farmácia São Luís, a poucos metros
do Rink. Muitos taxistas se ofereceram para transportar os feridos até o
hospital enquanto as ambulâncias não chegavam.
- O fotógrafo Gilberto Di Biasi chegou ao
local e não acreditou no que viu. Pensou que muitos ali deveriam ser seus
conhecidos, mas mesmo assim executou seu trabalho.
- O luto predominava em toda a cidade. A
população de 130 mil habitantes vestia-se de negro, e o céu, de cinza.
- As famílias velaram durante toda a noite
os corpos dos parentes na própria casa e, ao amanhecer, se preparavam para o
enterro.
- No dia 21 de setembro de 1951, chegou às
mãos da administração de cooperação técnica, assinado pelo então prefeito de
Campinas, Miguel Vicente Cury, que solicitava a ajuda dos peritos da USP para
apurar as causas do desastre.
- No documento, a equipe creditou o
desastre à queda de uma das tesouras, responsável direta pelo suporte do
telhado. Esse desabamento teria carregado parte da estrutura central, fato que
causou a morte instantânea de grande parte das vítimas.
- Passado tanto tempo, muitas dúvidas ainda
restam acerca da real causa do desabamento. Fatores como informações
desencontradas, a falta de esclarecimento oferecido à população, aliados à dor,
à tristeza e às muitas lágrimas, fizeram desses anos todos um pesadelo na vida
de muitas famílias.
Inauguração solene : 05/02/1964
Filme inaugural : "As Férias do Papai" (1962), com James Stewart e Maureen O'Hara.
Inauguração pública : 06/02/1964
Filme inaugural : "Feira de Ilusões" (1962), com Pat Boone, Bobby Darin e Ann-Margret.
Proprietários :
Empresa Campineira de Cinemas Ltda. (Sr. Edgar Santos).
Depois, em Jan./1965, Circuito Andrade (Sr. José Luís de Andrade).
A partir de 1978, Grupo Haway.
Endereço : Rua General Osório, esquina com Rua Regente Feijó.
Capacidade : cerca de 1800 lugares
Em funcionamento ? : Não. O prédio passou por um longo período de decadência, com exibição de filmes pornográficos e concentração de usuários de drogas. Agora é uma igreja evangélica.
"Ali aconteciam os grandes lançamentos cinematográficos. Era um dos mais concorridos points da cidade, onde as pessoas iam para ver e serem vistas. O cine Windsor chamava a atenção pela sua imponência, com um saguão que reproduzia o mármore e carpetes vermelhos em seu interior. Além disso, suas dimensões, já que chegou a ter 1800 poltronas, faziam com que abrigasse verdadeiros eventos cinematográficos na época". Maria Teresa Costa, Correio Popular - 2009
Para mais informações, acesse História dos Cinemas de Campinas. Fotos do blog "By Bassan" e do site "Pró-Memória de Campinas".
Inauguração pública : 04/09/1969
Filme inaugural : "Adivinhe Quem Vem para Jantar" (1967), com Sidney Poitier, Spencer Tracy e Katharine Hepburn.
Proprietários : Empresa Campineira de Cinemas Ltda. e
Empresa Campineira de Diversões Ltda.
Endereço : Av. Anchieta, esquina com Rua General Osório - Centro
Campinas - SP
Capacidade : cerca de 1200 lugares
Som e projeção : Prevost (70 mm. e 6 faixas de áudio)
Tela e poltronas : modelo Cinerama
Em funcionamento ? : Não. O cinema fechou em 2004.
Hoje, igreja evangélica.
Antes, cine Voga.
Curiosidades :
Exibia filmes em Cinerama e 70 mm.
Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.
2. Principais publicações
Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.
Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.
Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.
Periódico Acrópole (1938 a 1971)
Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981
Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990
Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos
FONTES DE IMAGEM
Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.
Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,