American Cinema (Brás) (São Paulo - SP)

Inauguração : 03/12/1911
Proprietário : Empresa Pascoal Plastino
Endereço : Av. Celso Garcia, 40 - Brás
Em funcionamento ? : Não. Fechou, rapidamente, em 06/01/1912.

Principal fonte de pesquisa :

American (Barra Funda) (São Paulo - SP)

Inauguração pública : 20/02/1909
Endereço : Rua Barra Funda, 151 - Barra Funda

Para mais informações, acesse :


Cinema Central (São Paulo - SP)

Inauguração pública : 28/12/1916
Filme inaugural : "A Culpa", com Pina Minichelli.
Exibidor : Cia. Cinematográfica Brasileira
Proprietários : Cia. Antarctica
Endereço : Rua São João, 53 - Sé
Duas salas de exibição, Rouge e Vert. Logo depois, Salão Vermelho e Salão Verde.
Em funcionamento ? : Não. O prédio foi demolido em 1947.
Curiosidades :
Sob o projeto do engenheiro civil Sorgen Lakjer, após dez meses de construção, o edifício dispunha de dois amplos salões, vestíbulo decorado com grandes espelhos de cristal, poltronas de couro, mobiliário ao estilo “residence” e acomodações, nas duas salas de exibição, com igual ordem de camarotes, frisas, balcões e cadeiras.
O cinema passou a ser o sucessor do Bijou Theatre, destruído por um incêndio.
Foi o primeiro cinema a ter um prédio construído especialmente para a atividade, já que o Bijou Theatre, primeiro local destinado exclusivamente às exibições cinematográficas, era um antigo teatro.
O Cinema Central tinha uma aparência simples, mas era muito luxuoso por dentro e frequentado pela elite, que buscava as últimas novidades do Exterior.
Não havia matinês, somente sessões noturnas.
O Cinema Central durou pouco, em 1921, foi ocupado pela Recebedoria de Rendas (Collectoria Federal) e demolido pela Prefeitura em 1947, abrindo espaço para a remodelação do Vale do Anhangabaú.

Principal fonte de pesquisa : 
"Inventário dos espaços de sociabilidade cinematográfica na cidade de São Paulo: 1895-1929", de José Inácio de Melo Souza.

Cinema Central (São Paulo - SP)


Construção do cinema em 1916
Construção do cinema em 1916
Anúncio de inauguração
Foto de 1924, quando o prédio do antigo Cinema Central já era ocupado pela Recebedoria de Rendas (Collectoria Federal)

Bijou Theatre (São Paulo - SP)

PRIMEIRO LOCAL DA CIDADE DE SÃO PAULO CRIADO, EXCLUSIVAMENTE, PARA EXIBIÇÕES CINEMATOGRÁFICAS.

Inauguração : 16/11/1907 (Jornal "O Comércio de São Paulo")
Exibidores : Francisco Serrador e Antônio Gadotti
Endereço : Rua de São João - Centro
Em funcionamento ? : Não
. O prédio foi demolido em 1914.
Antes, Eden Theatro.

Breve histórico :
Com capacidade para 400 lugares, o Bijou Theatre ficava na então Rua São João - na década seguinte transformada em avenida -, na altura de onde foi erguido posteriormente o Cinema Central, depois, nesse trecho, cruzando com a Avenida São João, passou a Avenida Prestes Maia e hoje se encontra o Vale do Anhangabaú.
O endereço já tinha tradição para o entretenimento. Em 1898, ali funcionava um boliche, que depois virou um teatrinho, o Eden Theatro.


Então os empresários Francisco Serrador e Antônio Gadotti transformaram o espaço para receber, exclusivamente, exibições cinematográficas. Inaugurado em 16/11/1907, o Bijou Theatre contava com 15 ventiladores e um requintado botequim. A trilha sonora dos filmes era garantida pelo acompanhamento de um sexteto. Durante a semana, as sessões ocorriam às 18h30. Aos domingos, às 13h30 e às 19h30. Naquela época, os filmes eram curtos, de pouco mais de 10 minutos. Em média, uma sessão mostrava cinco filmes. A maior parte da produção vinha da Europa - cerca de dois terços do total. O restante era norte-americana.
"A Dama das Camélias", "Macbeth", "Raio de Luz Libertador", "O Fim do Mundo" e "Sevilhasão", alguns dos filmes que estrearam na cidade na tela da Rua São João.
Com o Bijou, Serrador se transformou em um grande empresário do entretenimento. Ele já era um conhecido distribuidor de filmes e exibidor ambulante em São Paulo. Então passa a ser um empresário com diversas filiais, montando uma rede de cinemas - que chegou a ter 35 unidades, em diversas cidades do país.
No início dos anos 1910, o Bijou Theatre ganhou um anexo, o Bijou Salão, dobrando sua capacidade total de público para 800 pessoas. Mesmo com tanto glamour, o fim estava próximo. Com a reforma do Vale do Anhangabaú e da Avenida São João, o Bijou foi condenado pelo progresso. Acabou demolido no fim de 1914.



Francisco Serrador (1872-1941)
O empresário espanhol foi proprietário de hotéis, cassinos, teatros e cinemas em várias cidades do Brasil. Além de São Paulo, morou em Curitiba e no Rio. É considerado o responsável por trazer ao Brasil o hábito de comer cachorro-quente, uma vez que o lanche era vendido em seus cinemas.

Curiosidades : 
Exibiu o "Cinematógrafo Cantante", a partir de 1909. 
Exibiu uma importante fita nacional de grande metragem em 23/09/1912: "1400 contos" ou "O caso dos caixotes", filme nacional de Paulinho Botelho, da fábrica "Brasil Film". 
Em 1914, o prédio foi demolido, para a construção do prédio que abrigava o Cinema Central, que por sua vez foi demolido em 1947. 

O jornal "O Comércio de São Paulo", de 17/11/1907, noticiou :
"Inaugurou-se ontem esta nova casa de espetáculos - o antigo Eden-Theatre - completa e luxuosamente reformado. Realizou-se por essa ocasião, exibição especial do Cinematógrafo Richebourg, para a imprensa e convidados. Em seguida, o empresário Francisco Serrador, que explorará esse gênero de diversões naquele elegante teatrinho, ofereceu a todas pessoas presentes fina mesa de doces"
"Hoje, no Bijou-Theatre, há dois espetáculos por sessões, um a 1 hora e meia da tarde, e outro às 7 e meia da noite".


Principal fonte de pesquisa : 

17/11/1907
18/11/1907

19/11/1907


Nesta foto, vemos um cartaz anunciando, para breve, o filme “O Mistério da Ponte de Notre Dame” (Mystère du pont Notre-Dame, Lê - França - 1912)


Íris Theatre (Sé) (São Paulo - SP)

Inauguração pública : 05/09/1908
Fundadores : Ruben Guimarães & Alcides
Exibidor : A partir 01/07/1911, Cia. Cinematográfica Brasileira (Francisco Serrador).
Endereço : Rua 15 de Novembro, 52 - Sé
Em funcionamento ? : Não, mas funcionou por muito tempo, fechando só no final dos anos de 1970.
Antes, Kinema Theatro.
Curiosidades :
Exibições com o aparelho Cynematographo (1908).
Exibiu as "Fitas Cantantes", de Ruben Guimarães (1908).
Possuía uma excelente pianista, Mile Candinha, que executava admiravelmente todos os trechos de "A Viúva Alegre" e "O Conde de Luxemburgo", constantemente pedidos pela platéia.

Para mais informações, acesse :



Kinema Theatro (São Paulo - SP)

Inauguração pública : 19/12/1907
Exibidor : J. B. Saraiva
Endereço : Rua 15 de Novembro, 52 - Sé
Antigo Café e Restaurante O Guarani.
Variações de denominações :
Cinematographo Kinema-Theatre, Kinema Cinematographo
Funcionou até 27/12/1907.
Depois, em 05/09/1908, Íris Theatre.
Exibições com o "Cinematógrafo" da Casa Pathé Freres, de Paris (1907).

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Colyseo Paulista (São Paulo - SP)

Inauguração : 1931
Endereço : Av. Duque de Caxias, no Largo do Arouche.
Em funcionamento ? : Não.
O cinema foi demolido e, no local, foi erguido um grande edifício onde funciona, no térreo, o cine Arouche que, atualmente, exibe apenas filmes pornográficos.
Curiosidades :
Exibia filmes da empresa cinematográfica alemã UFA.

1943




Brasília (São Paulo - SP)

Inauguração pública : 04/01/1958
Filme inaugural : "Quo Vadis" (1951)
Proprietário : Empresa Cinematográfica Brasília Ltda.
Endereço : Rua Brig. Gavião Peixoto, esquina com Rua Mercedes - Alto da Lapa
Som e projeção : marca Philips
Em funcionamento ? : Não. Virou loja de autopeças.



Bandeirantes (Paissandú) (São Paulo - SP)

Inauguração : 14/04/1939
Exibidor : Empresa Cinematográfica Serrador
Endereço : Largo do Paissandú, 138 - Centro
Capacidade : + ou - 1800 lugares
Em funcionamento ? : Não
A partir de 1966, cine Ouro.
Curiosidades :
1939 - Para melhorar a acústica do cinema as paredes do salão de projeção eram quase todas revestidas de veludo. O cinema era dotado das mais modernas instalações de ventilação. Os aparelhos de projeção e som eram da marca “Klangfilm”, fornecidos e instalados pela Cia. Brasileira de Electricidade e Siemens Schuckert S.A. Os projetores eram do tipo “Euro G” da Klangfilm G. m. b. H. Berlim, condecorados com o “Grand Prix” na Exposição Internacional de Paris. A característica principal destes projetores era que eles eram refrigerados a ar. Diferente dos projetores refrigerados a água, este sistema possibilitou uma nitidez absoluta de projeção. Na parte de som foi usado um equipamento do tipo “Europa-Klarton”, que superava, em eficiência e qualidade, outros modelos da época.
1966 - Em 25 de maio, às 21 horas, o exibidor Paulo Sá Pinto reinaugura o Bandeirantes com o nome de cine Ouro, no Largo do Paissandu, com uma sessão de gala do filme “O Colecionador”, do diretor William Wyler (Bem Hur). O cinema era todo decorado no estilo colonial brasileiro e possuía cópias em gesso das obras de Aleijadinho. Uma delas era uma réplica do frontal do altar-mor da Igreja de São Francisco em Ouro Preto, Minas Gerais (cedida pela Faculdade de Arquitetura de Minas Gerais, com autorização do Patrimônio Histórico Nacional). Nas sessões, antes do filme começar, o expectador tinha audições ao vivo de piano. O cine Ouro era considerado uma das salas mais luxuosas do país.




Fachada

Corredor de entrada

Bilheteria

Entrada da sala de espera

Entrada

Sala de espera

Linda sala de espera oval

Escada de acesso ao balcão

Tela

Platéia e balcão

Balcão

Decoração lateral perto da tela

Fotos da revista Acrópole, publicação especializada em Arquitetura, 
editada em São Paulo entre 1938 e 1971.

Arquivo do blog

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BIBLIOGRAFIA DO BLOG

PRINCIPAIS FONTES DE PESQUISA

1. Arquivos institucionais e privados

Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.

2. Principais publicações

Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.

Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.

Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.

Periódico Acrópole (1938 a 1971)

Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981

Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990

Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos

FONTES DE IMAGEM

Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.

Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.

PRINCIPAIS COLABORADORES

Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.

OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.