São Caetano do Sul (São Caetano do Sul - SP)

Inauguração : 04/12/1963
Programa inaugural : "Os Sete Cavaleiros do Diabo" e "Taxi, Senhor?".
Endereço : Rua Carlos de Campos, 120 - Centro
São Caetano do Sul - SP
Antigo Salão Paroquial, de propriedade dos padres estigmatinos.
Capacidade : cerca de 500 lugares
Depois, a partir de 01/06/1974, cine Aquarius, administrado pelos irmãos Lorenzini.
Com o filme inaugural : "E Agora Me Chamam Providence... E Daí?", com Tomas Milian.
Em funcionamento ? : Não. O antigo cinema foi transformado, inicialmente, em parque infantil e, no ano de 2000, em quadra poliesportiva do Instituto de Ensino Sagrada Família. Atualmente, o espaço sedia a filial de uma faculdade.

Fontes de pesquisa :
Site da Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul.
Revista "Raízes",
publicação da Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul.

2011
2017

Central (São Caetano do Sul - SP)

Inauguração : Outubro/1922
Filme inaugural : "Argila Humana", de David Howard, com Milton Sills.
Construtor : Ettore Lantieri
Exibidor : Attílio Santarelli. A partir de 1923, Maximiliano Lorenzini.
Endereço : Rua Perrella, 319 - Fundação
São Caetano do Sul - SP
Capacidade : cerca de 900 lugares
Em funcionamento ? : Não. Funcionou até 1949.
Apenas a fachada do cinema foi preservada. No local, funciona uma unidade do Correios.
Curiosidades :
Foi o primeiro cinema da cidade.
Junto ao palco, uma banda executava números musicais, para animar a ansiosa espera para o início da projeção. Durante a exibição de filmes mudos, músicas executadas ao vivo acompanhavam as cenas, ora alegres ou românticas, ora tristes ou violentas. Outras vezes, no início do cinema sonoro, a projeção era acompanhada pelo som de discos (através do aparelho Vitafone).
O proprietário Maximiliano Lorenzini ficava sempre à porta do cinema, procurando controlar tudo e resolver todos os problemas. Alguns minutos após o início do filme, observava as pessoas que estavam por perto e perguntava se nutriam interesse em entrar. Se a resposta fosse positiva, o preço do ingresso poderia baixar até que se completasse a lotação do cinema.
Era costume, no final do ano e no Natal, o Sr. Maximiliano distribuir balas às crianças.
Nos anos de 1920, em São Caetano, havia dois cinemas, o cine Parque Monte Alegre e o Central, sendo que a programação era a mesma. Por isso, as fitas eram transportadas, de um cinema para o outro, através de crianças que, depois, permaneciam no cinema para assisti-las.
Durante a Revolução de 1924, o cine Central serviu de hospital e banco de sangue para socorrer os feridos.

"Maximiliano Lorenzini, meu sogro, foi um pioneiro. Fez do cinema a maior razão de sua vida. O cinema era a sua segunda família", diz Victória Gomes Lorenzini.

Crônica :
Lembranças do Cinema Central
Por Manoel Cláudio Novaes, para seu livro "Nostalgia", de 1976.

Era o único cinema da cidade, Cinema Central, localizado na
Rua Perrella.

Aos domingos, matinée, com início às quatorze horas. Não havia fila para a compra dos ingressos. Não fora ainda inventada. Todos amontoavam-se numa enorme confusão e gritaria: "Me dá meia, Mafalda!", "Me dá duas meias!" ou "Me dá uma, Riccieri!". A parda gritaria das crianças, uma campainha elétrica a estridular desde a abertura da bilheteria até o início da sessão cinematográfica!

Na frente do cinema alinhavam-se os vendedores de guloseimas. 'Luiz Sorveteiro', com sua carrocinha. Sorvete de limão, de creme e chocolate. Sorvete em casquinha. O picolé era ainda desconhecido. Era necessário tomar logo o sorvete, porque derretia-se com uma facilidade incrível. Mais tarde apareceram novos sorveteiros, o Carmelo e seu pai. Vendiam sorvete em casquinha, tipo italiano, massa densa, não derretia com facilidade. O Andó com sua carroça de frutas, os vendedores de amendoim. O cinema possuía uma bomboniére onde havia grande variedade de balas, chocolates, pipoca doce (inexistia pipoqueiro nas ruas).

O cinema possuía frisas em plano mais elevado e atrás destas algumas fileiras de poltronas, preferidas pelos namorados. A plateia possuía duas fileiras de poltronas, separadas ao meio. Do lado direito de quem entrava, mais ou menos da metade para a frente, ficavam os meninos; do lado esquerdo, na mesma proporção, as meninas. Jamais um garoto que se prezasse passaria para o lado das meninas. As demais poltronas eram ocupadas pelos adultos. Disse poltronas, entenda-se de madeira. Lá na frente um palco com a tela. Aqui ficava o projetor, atrás da tela. O filme era projetado do palco para a plateia.

Em baixo, junto ao palco, a orquestra. Infelizmente não lembro o nome de todos os músicos. Ao piano, a professora dona Elisa; no baixo (rabecão), Matheus Negro; no violino, o Baptista. O flautista e o violonista completavam o conjunto.

Muita algazarra que atingia o máximo de decibéis quando do sinal para o início da sessão. A tela, de pano, era molhada, antes da projeção, com jatos d'água por bombas de bambu, munidas de êmbolo.

Os filmes eram silenciosos. Terminada uma parte, acendiam-se as luzes, e enquanto o operador trocava o rolo, comentários sobre a parte presenciada e algazarra da criançada. A orquestra executava números conforme a natureza do filme - valsas, quando drama; marchinhas, quando comédias.

Quando o filme era sobre guerra, então Riccieri Lorenzini e um empregado, por detrás da tela, com o som do bumbo imitavam os tiros de canhão; com a caixa, metralhadora.

Havia intervalo de dez ou quinze minutos. A criançada corria para a rua, depois de obter a 'senha' na porta, para comprar guloseimas e devorá-las dentro do cinema! Sorvetes, amendoins, balas, chocolates, laranjas, tangerinas e... até melancia! Pobres encarregados da limpeza!

Filmes de 'far-west', com Tom Mix e seu cavalo Tony, dramas: "Sangue e Areia", "O Filho do Sheik", "O Ladrão de Bagdad", "O Pirata Negro", "Os Três Mosqueteiros", "Beau Geste", "O Rei dos Reis", "Ben-Hur" e comédias, entre elas, "Em Busca do Ouro". Ah! os grandes ídolos da época: Rodolpho Valentino, Pola Negri, Ronald Colman, Douglas Fair-banks (pai), Mary Pickford, Ramon Novarro, Charles Chaplin, Thomas Meigan, Glória Swanson, Clara Bow, Wylma Banky, John Gilbert, Lary Simon, Chico Bóia, Buster Keaton, Harold Lloyd e tantos, tantos outros.

Os letreiros dos filmes ocupavam toda a tela, de sorte que os diálogos era intercalados entre os personagens. A propósito, lembro-me que no final de uma comédia, Harold Lloyd perguntou à mocinha se queria casar com ele. "Sim!", respondeu a mocinha. Este advérbio ocupou o centro da tela - letras brancas em fundo preto, em todo o quadrilátero, e a criançada acompanhou, alto, a una você: "Sim!".

Os seriados! Cada capítulo terminava com o mocinho ou a mocinha em situação perigosa. Saíamos do cinema tentando adivinhar como os nossos heróis se safariam do perigo e esperar uma longa e interminável semana!

Curioso, naquela época, parecia-me que uma semana demorava um ano para passar! Hoje, parece-me que um ano 'voa' como uma semana!...

Fontes de pesquisa :
Site da Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul.
Revista "Raízes",
publicação da Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul.

2010
2011

Max (São Caetano do Sul - SP)

Inauguração : 1944
Filme inaugural : "Sonhando de Olhos Abertos", com Danny Kaye.
Proprietário : Maximiliano Lorenzini
Endereço : Av. Conde Francisco Matarazzo, 1099 - Centro
São Caetano do Sul - SP
Capacidade : cerca de 2250 lugares
Em funcionamento ? : Não
Histórico :
Embora fossem utilizados, na construção, somente materiais de primeira linha, por alguma falha técnica, o teto desmoronou quando o cine Max estava quase pronto. O acontecido, porém, não abateu o entusiasmo da família Lorenzini e o cinema foi inaugurado em 1944.
Com a morte do filho Gentile, em 1942, Maximiliano Lorenzini ficou paralítico. Mesmo na cadeira de rodas, assistiu à inauguração do cine Max, seu maior sonho. Era também em sua cadeira de rodas que comandava, com dinamismo e determinação, para que seu sonho não morresse. Assim, com esse exemplo dignificante, conseguiu incutir nos filhos, como um grande legado sem dúvida, seu amor ilimitado pela sétima arte. Após sua morte, ocorrida em 21 de julho de 1948, coube aos filhos, já devidamente preparados, a continuação de seu trabalho
Curiosidades :
Na época, a tela instalada no cinema chegou a ser considerada a segunda maior da América Latina.
O cinema foi projetado por um arquiteto alemão, sendo o terceiro da família Lorenzini.
O traje para ir neste cinema era social; as mulheres com roupas adequadas, e os homens, sempre de paletó e gravata. Esta última era indispensável e o cinema já contava com um estoque de gravatas para emprestar aos menos prevenidos.

Fontes de pesquisa :
Site da Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul.
Revista "Raízes",
publicação da Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul.


Fátima (São Paulo - SP)

Inauguração pública : 25/09/1951
Programa inaugural :
"Winchester 73", com James Stewart e "Pânico nas Ruas", com Richard Widmark e Jack Palance.
Endereço : Rua do Orfanato, 1782 - Vila Prudente
Capacidade : cerca de 800 lugares
Em funcionamento ? : Não

Ribalta (Orlândia - SP)

Inauguração : 04/10/1969
Proprietário : Oswaldo Garbim
Filme inaugural : "Io Ti Amo" (Itália, 1968), de Antonio Margheriti.
Endereço : Av. Cinco, 293
Capacidade : 530 lugares
Projetores Triunph
Em funcionamento ? : Não 
Abrigou uma igreja evangélia e agora virou uma loja.



Espaço Itaú Cinema Frei Caneca (São Paulo - SP)

Inauguração solene : 02/08/2001
Inauguração pública : 03/08/2001
Filme inaugural : “Memórias Póstumas”, de André Klotzel.
Endereço : Rua Frei Caneca, 569 - 3º Piso - Cerqueira Cesar
Shopping Frei Caneca - São Paulo - SP
Telefone : (11) 3472.2365
9 salas
Capacidade total : cerca de 1300 lugares
Projeção : 35 mm., digital (Rain) e 3D (sala 1)
Som : Dolby digital
A inauguração para convidados aconteceu no dia 2 de agosto de 2001, às 21h30, com a exibição de “Memórias Póstumas”, de André Klotzel, e no dia 3, as salas foram abertas ao público.

O complexo é uma realização do Circuito Cinearte, que abrange o Circuito Espaço de Cinema e Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, implantando um novo conceito de cinema no mercado exibidor brasileiro. Com a inauguração das salas, o Circuito Cinearte lançou no Brasil o conceito de Arteplex, oferecendo, em um mesmo local, os melhores lançamentos cinematográficos mundiais. Uma das novidades é que, filmes brasileiros e latinos serão sempre programados na salas do complexo.

As salas têm formato stadium e são equipadas com tecnologia digital, projetores italianos Cinemeccanica Vitória e modernas e confortáveis poltronas.

Também para o conforto dos espectadores, o saguão dos cinemas, de aproximadamente 450 m2, abriga cafeteria com mesas e cadeiras.

Agora, Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca.

A partir de 01/05/2024, as salas do Espaço Itaú de Cinema passaram a ser operadas pela Cinesystem. Mas, felizmente, as salas de cinema da Rua Augusta continuaram sendo administradas por Adhemar de Oliveira.

Leia:








Avenida (Leme - SP)

Endereço : Av. Joaquim Lopes Aguila, 416 - Centro
Leme - SP
Telefone : (19) 3554.3784
cineavenida.com

2011
2017

PlayArte Plaza Sul (São Paulo - SP)

Inauguração : 2007
Exibidor : Playarte
Endereço : Praça Leonor Kaupa, 100 - Bosque da Saúde
Telefone : (11) 5058.1462
www.playarte.com.br
6 salas



Kinoplex Itaim (São Paulo - SP)

Inauguração : Julho/2003
Exibidor : Cinemas Severiano Ribeiro
Endereço : Rua Joaquim Floriano, 466 - Itaim Bibi
Telefone : (11) 3131.2006
www.kinoplex.com.br
6 salas

Spcine Roberto Santos (São Paulo - SP)

Reinauguração da sala de cinema da
Biblioteca Pública Roberto Santos29/11/2016
Programa inaugural :
"Kubo e as Cordas Mágicas", "Satânico" e "Sete Homens e Um Destino".
Endereço : Rua Cisplatina, 505 - Ipiranga
Telefone : (11) 2063.0901
E-mail : bibliotecars@circuitospcine.com.br
Projeção : digital Christie 2D/2K, com capacidade de fluxo luminoso de 10 mil lumens.
Som : Dolby 5.1
www.circuitospcine.com.br

Histórico :
A Biblioteca Municipal do Ipiranga foi inaugurada em 26 de novembro de 1953, localizada na Rua Bom Pastor nº 1137 em um prédio alugado e adaptado, sendo no térreo a biblioteca circulante e no primeiro andar uma sala com mesas para 25 leitores.

O acervo, na época de dois mil volumes, aumentou consideravelmente e em 1961 o prédio já não comportava o grande número de obras. A população e autoridades locais reivindicaram um prédio maior e melhor localizado. Antes da construção do novo prédio, a biblioteca permaneceu atendendo ao público em um galpão situado no terreno do Colégio Visconde de Itaúna.

O novo prédio, situado à Rua Cisplatina nº 505 e declarado de utilidade pública pelo decreto 5.949 de 24 de setembro de 1964, foi projetado pelo arquiteto Aluízio da Rocha Leão e inaugurado em 3 de abril de 1965. Possuía auditório com capacidade para 154 pessoas.

Em 1973, a biblioteca foi denominada Biblioteca Municipal Ministro Genésio de Almeida Moura, e em 2005 teve seu nome alterado para Roberto Santos, em homenagem ao cineasta, roteirista e produtor de cinema brasileiro.

Em 14 de junho de 2008, a biblioteca inaugura seu acervo temático de cinema e retorna a programação de filmes. A escolha do tema partiu da vocação natural da biblioteca, que há mais de uma década é ponto de encontro de cinéfilos da cidade, com a tradicional sessão do Cineclube Ipiranga, todo sábado, com projeções de clássicos no formato 16 mm. O auditório também foi reformado e passou a ter 101 lugares com mais conforto e ganhou um sistema de projeção e som de alta qualidade, exibindo Mostras com as mais variadas vertentes e estilos da sétima arte. 

Para isso, o prédio foi reformado, ganhando nova ambientação. O projeto foi feito a partir da carreira e obra do diretor Roberto Santos. Foi criada uma linha do tempo do cinema brasileiro, no hall de entrada. Todo o mobiliário e a sinalização remetem a sets de filmagem. Há cadeiras de diretor de cinema com logotipo da biblioteca, equipamentos antigos de iluminação, câmeras 16 mm., moviola e outros, que compõe uma exposição permanente.

Legislação referente à biblioteca
Denominação : Decreto nº 10.310 de 8 de janeiro de 1973 (Biblioteca Min. Genésio de Moura)
Desapropriação : Decreto 5.949 de 24 de setembro de 1964
Inauguração : 3 de abril de 1965
Criação de SMB e nova denominação : Decreto nº 46.434 de 6 de outubro de 2005 (Biblioteca Roberto Santos)


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BIBLIOGRAFIA DO BLOG

PRINCIPAIS FONTES DE PESQUISA

1. Arquivos institucionais e privados

Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.

2. Principais publicações

Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.

Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.

Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.

Periódico Acrópole (1938 a 1971)

Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981

Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990

Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos

FONTES DE IMAGEM

Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.

Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.

PRINCIPAIS COLABORADORES

Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.

OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.