São Paulo (Dois Córregos - SP)

Atual
Centro Cultural Nilson Prado Telles

Proprietário : Francisco Augusto Prado Telles

Endereço : Av. Dom Pedro I, 320 - Centro - Dois Córregos - SP

Telefone : (14) 3652.6441

O cinema mais antigo do país em funcionamento pode ser o Cine São Paulo, da cidade de Dois Córregos, interior de São Paulo. Pesquisas recentes apontam que o cinema, agora Centro Cultural Nilson Prado Telles, foi inaugurado em 1911, junto com a chegada da eletricidade no município e continua exibindo filmes até hoje. Oficialmente, quem ocupa este posto é o Cine Olympia, em Belém, no Pará, que funciona desde 24/04/1912.



Cine São Paulo
Histórico - Cronologia
Por Francisco Augusto Prado Telles (Proprietário do cinema)

23/08/1909
Manfredo Antônio da Costa assina contrato de iluminação pública com a Câmara Municipal de Dois Córregos.

16/02/1910
Manfredo Antônio da Costa inicia a construção das instalações para o fornecimento de energia elétrica:
1. Pequena usina hidroelétrica no rio Jaú;
2. Escritório na esquina da Rua Tiradentes com a Avenida 6;
3. Prédio de um moderno teatro construído especialmente para cinematógrafo, com entrada para Avenida 6 e saída pela Rua Tiradentes.
O empreiteiro responsável pelas obras do escritório e cinema foi Mariano Ninno.
Manfredo Antônio da Costa era um entusiasta da nascente arte cinematográfica e desejava associar a chegada da energia elétrica com a instalação de um cinema, como sinal de modernização e, assim, sensibilizar a elite cafeeira do interior do estado. Seus esforços em várias cidades resultaram na criação da CPFL - Cia. Paulista de Força e Luz.

15/04/1910
Manfredo Antônio da Costa comunica à Câmara Municipal ter organizado uma sociedade chamada Cia. Elétrica Oeste de São Paulo, a qual seria a responsável pela iluminação elétrica da cidade de Dois Córregos.

30/03/1911
Manfredo Antônio da Costa, diretor gerente da Cia. Elétrica Oeste de São Paulo, enviou convite à Câmara Municipal para a inauguração da usina geradora de eletricidade, em 02/04/1911.

02/04/1911
Inaugurações da iluminação elétrica de Dois Córregos e demais instalações, inclusive o teatro, com o nome oficial de Cinema Oeste.

14/03/1912
Manfredo Antônio Costa vende os prédios do escritório e do cinema, de sua propriedade, para a Cia. Elétrica Oeste de São Paulo.

08/07/1912
Consta no livro copiador da correspondência do Prefeito Municipal, no Arquivo Morto da Prefeitura Municipal de Dois Córregos, atestado de que o Cinema Oeste estava em funcionamento desde o ano interior, em 1911, de propriedade da Cia. Elétrica Oeste de São Paulo, respondendo a pergunta do diretor Anselmo de Carvalho do Departamento de Arquivo e Estatística do Estado de São Paulo.

29/04/1913
Constituição da Cia. Paulista de Força e Luz - CPFL. O Diário Oficial da União relata os bens da Cia. Elétrica Oeste Paulista, em 29/04/1913, página 72, seção 1. Menciona 'um moderno theatro construído especialmente para cinematographo na cidade de Dois Córregos' (e que passaria à CPFL).

23/07/1913
Idem a 08/07/1912. O Prefeito atesta o funcionamento do Cinema Oeste no ano de 1912.

26/06/1914
Idem a 08/07/1912. O Prefeito atesta o funcionamento do Cinema Oeste no ano de 1913.

01/06/1915
O livro de imposto predial da Prefeitura Municipal atesta os endereços da Cia. Elétrica Oeste de São Paulo (Av. Tiradentes, nº 6) e Cinema Oeste (Avenida 6, nº 20). A Avenida 6 é a atual Avenida Dom Pedro I, nº 320).

Anos de 1920
O cinema foi arrendado para a Empresa Teatral Paulista, de propriedade de Sebastião de Abreu Sampaio, da cidade de São Carlos (SP), e foi renomeado como Cinema Íris Teatro.

O Sr. Eugênio Franciscone trabalhava à noite como operador dos projetores do Íris Teatro e, durante o dia, trabalhava na farmácia do Sr. Romão Grael.

30/11/1930
O Sr. Eugênio Franciscone comprou os direitos de exploração do Íris Teatro do Sr. José Ferreira de Morais, anunciando sessões às terças, quintas, sábados e domingos.

17/05/1931
O Sr. Eugênio Franciscone promove a inauguração do cinema sonoro em Dois Córregos, ainda no antigo sistema, com o som gravado em discos de 78 rotações. Neste sistema, a sincronização do áudio com o filme era muito difícil, provocando grandes dissabores para o proprietário e o público.

20/08/1933
O jornal O Democrático, nº 135, anuncia a programação do Íris Theatro:
Hoje, domingo:
"Todas Tem Seu Preço", com Miriam March e Warner Williams;
Terça-feira:
"Cheiro de Pólvora", 9 actos sincronisados (sonoro), com Richard Arlem e Mary Brian;
Quinta-feira:
"O Uivar das Feras", 5º e 6º episódios, 4 actos + desenho sonoro, 1 acto.
Preço da entrada: $ 600 (seiscentos réis);
Sabbado:
"Quarteirão Latino", em 10 actos sincronisados (sonoro);
Dia 27: "Comprada". Dia 29, "Cinemania", com Harold Lloyd.

Anos de 1930
Nos anos de 1930, o Sr. Eugênio Franciscone substituiu as cadeiras soltas Tonet por poltronas fixas de madeira. Nessa ocasião, por volta de 1935, o nome do cinema foi mudado para Cine São Paulo.

01/02/1940
O Sr. Nilson prado Telles comprou os direitos de exploração do Cine São Paulo do Sr. Eugênio Franciscone. Era uma quinta-feira e o filme em exibição era "Filhos Sem Lar". Haviam dois projetores, um da marca Byghton e outro da marca Zeizz Ikon, dos anos de 1920, com lanternas de carvão preto, para 40 amperes, alimentados por um dínamo acionado por um motor elétrico.

24/08/1943
O Sr. Nilson Prado Telles comprou o prédio do cinema, da Cia. Paulista de Força e Luz, bem como o prédio da esquina, que servia como escritório da empresa. Este prédio foi alugado e lá funcionou uma agência do Correios, de 1945 a 1951. Em 1952, foi reformado e tornou-se a residência do Sr. Nilson Prado Telles.

1945
Nilson Prado Telles reforma o cinema pela primeira vez, eliminando as 'frisas', espécie de camarotes que ficavam nas paredes laterais, nos fundos da sala de projeção. O filme de reinauguração do cinema foi "Guadalcanal", com William Bendix, em 10/06/1945.

20/08/1948
Uma grande reforma eliminou as duas portas em arco da entrada do cinema. Foram substituídas por uma única porta, com uma grade de ferro pantográfica, que funciona até hoje. As poltronas de madeira foram substituídas pela atuais, fabricadas pela FANA - Fábrica Nacional de Tubos Galvanizados, de propriedade de João de Oliveira Simões, morador da cidade.

1955
Uma reforma modificou o palco do cinema para a instalação da tela CinemaScope. Foram instaladas uma nova ribalta e oito arandelas nas paredes laterais, com iluminação indireta e mudança de cores (que funcionam até hoje). Instalou-se, também, uma ampla cortina dourada, fechando o palco de uma parede à outra.

Foram inaugurados novos projetores da marca Triumpho, (com lanternas de iluminação do filme com carvões cobreados, para 70 amperes), novo sistema de som e ampla tela de 9 metros de comprimento por 4 de altura, em plástico perfurado. E, também, novos ventiladores.

O filme de reinauguração do cinema foi "O Egípcio", em CinemaScope, em 27/08/1955.

ÉPOCA DE OURO

De 1955 a 1960, eram exibidos seis filmes inéditos por semana, com duas sessões às quartas, sábados e domingos. Em janeiro de 1959, foram vendidos 13800 ingressos, com uma média diária de 460. Em janeiro de 1961, a vendas caíram para 9000 ingressos, com média diária de 300.

22/03/1963 a 29/03/1963
Exibição do filme "Ben-Hur", recorde de público com 2744 ingressos vendidos, sendo superado somente em maio de 1998, pelo filme "Titanic", com mais de 5 mil ingressos.

DECADÊNCIA

Com a chegada dos aparelhos de televisão na cidade, a partir dos anos de 1960, o número de ingressos vendidos caiu paulatinamente, até que, em 1975, a empresa de Nilson Prado Telles foi extinta, e o cinema arrendado para a Empresa Encipa Ltda., com sede em Botucatu (SP).

28/02/1975
A Empresa Nilson Prado Telles encerra suas atividades.

31/12/1979
A Empresa Encipa Ltda. (Empreendimentos Cinematográficos Peduti Araújo), depois de cinco anos, encerra suas atividades e o cinema fecha a partir de 01/01/1980.

06/09/1980
O filho do Sr. Nilson, o professor Francisco Augusto Prado Telles, reabre o Cine São Paulo, com sua Empresa Cinematográfica Prado Telles S/C Ltda., em sociedade com sua esposa Neusa Sangaletti. Foi um empreendimento estritamente familiar, a esposa vendia ingressos, o filho mais velho era o porteiro, o outro filho vendia balas e o pai era o gerente e operava os projetores. O filme de estreia é "Superman" e foram vendidos 727 ingressos, com sessões aos sábados, domingos e quintas-feiras.

01/02/1981
Falecimento do Sr. Nilson Prado Telles.

19/10/1991
Após 11 anos, a Empresa Prado Telles S/C Ltda. foi extinta e o Cine São Paulo fechado. Devido a concorrência do videocassete (que chegou ao mercado brasileiro no final dos anos de 1980), tornou-se inviável o funcionamento do cinema.

1992
A sociedade dois-correguense mobilizou-se para a preservação do cinema. Várias reuniões com vereadores e com o então prefeito Sr. João Mazziero, resultou na criação do Centro Cultural Nilson Prado Telles. O espaço foi alugado pela prefeitura, ficando o professor Francisco Augusto Prado Telles responsável pela operação dos projetores cinematográficos.

O primeiro filme exibido pelo Cine São Paulo, agora como centro cultural, foi "Tempos de Glória", em 18/09/1992. As três primeiras exibições, com ingressos gratuitos, trouxeram cerca de 700 pessoas ao cinema.

O centro cultural passou a ser utilizado para exposições, palestras, shows, peças teatrais, cursos e outras atividades. E centenas de filmes foram exibidos, sempre com o serviço de projeção do professor Francisco.

Maio/1998
O filme "Titanic" bateu o recorde de público do Cine São Paulo. Em 20 dias de exibição, mais de 5 mil ingressos foram vendidos.

08/05/2014
O Centro Cultural Nilson Prado Telles (antigo Cine São Paulo) foi interditado por decisão judicial. Consequência do incêndio da boate Kiss em Santa Maria (RS), em janeiro de 2013. Ninguém poderia permanecer em seu interior sob pena de multa diária. O motivo seria a falta de segurança do prédio centenário, e que exigiria ampla reforma para a obtenção do alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros.

20/01/2015
O professor Francisco Augusto Prado Telles vendeu uma de suas propriedades e, com o dinheiro adquirido, deu início à uma grande forma no antigo Cine São Paulo, para que o prédio se adequasse às normas do Corpo de Bombeiros. Alterações exigidas: portas de saídas de emergência com abertura interna por barras anti-pânico certificadas, corrimãos de ferro nas escadas, novas portas de vidro temperado na entrada, recuperação da porta de ferro pantográfica, instalação de pára-raios, sistema de extintores de incêndio, novas instalações elétricas, cobertura aluminizada no telhado, troca de todo forro de madeira por placas de PVC anti-chama, verniz anti-chama no assoalho de madeira, nova iluminação e recuperação dos banheiros.

02/07/2015
A vistoria do Corpo de Bombeiros aprovou as novas instalações e concedeu alvará de funcionamento ao centro cultural.

07/08/2015
Solene reinauguração do cinema, agora Centro Cultural Nilson Prado Telles, com a presença de autoridades civis, políticas e religiosas, e grande público, com a exibição do filme "Cidade de Deus", em 35mm.

22/04/2017
Estreia do documentário Cine São Paulo, de Ricardo Martensen e Felipe Tomazelli, no complexo de salas de cinema Espaço Itaú Botafogo, no Rio de Janeiro. Os cineastas acompanharam a luta do Sr. Francisco Telles em reabrir o antigo e centenário cinema da cidade de Dois Córregos, depois de sua interdição até a sua reabertura em 07/08/2015.



Discurso de reinauguração proferido por Francisco Augusto Prado Telles em 07/08/2015 :

Caros amigos dois-correguenses

Hoje devolvo a Dois Córregos o seu cinema centenário, uma casa que sempre foi o Centro Cultural da cidade e, caso raríssimo, em funcionamento até hoje, salvo algumas interrupções como este um ano e três meses em que foi interditado pela justiça e que motivou a reforma para as adaptações necessárias e atender as normas de segurança exigidas pelo Corpo de Bombeiros, agora atestado pelo Alvará de Funcionamento exposto na sala de entrada.


Depois de seis meses de reformas e adaptações, dentro de meu limitado orçamento e por minha exclusiva e insistente iniciativa particular, o cinema ganhou novo forro de PVC, novas instalações elétricas, para-raios, escadas de ferro, corrimãos, guarda-corpos, portas de saída de emergência, barras anti-pânico nas portas, verniz anti-chamas no assoalho, recuperação do telhado e instalação de novo projetor de cinema com lâmpada xênon, mais moderno. As poltronas de madeira foram preservadas mantendo a originalidade do prédio e contam um pouco da nossa história, pois foram produzidas aqui mesmo, em Dois Córregos, pela Fábrica Nacional de Tubos Galvanizados, a FANA, de propriedade do grande empresário dois-correguense, sr. João de Oliveira Simões, o saudoso Janjão.


Este prédio foi construído especialmente para ser cinema em 1910, pelo empresário italiano Mariano Ninno que era empreiteiro e dono de uma loja de materiais de construção da cidade.


Possivelmente ele foi o primeiro empresário a explorar o cinema, que era propriedade da Companhia Elétrica Oeste Paulista e que logo se transformou em Companhia Paulista de Força e Luz. Era conhecido por “Cinema Oeste” com frente para a Av.6 (atual D.Pedro I) e fundos para a Rua Tiradentes. A Av. 6 logo passou a ser conhecida por “Rua do Cinema”. Naquele tempo o projetor movido à manivela era mudo e a eletricidade era usada apenas para a iluminação do salão e da tela com arco-voltaico. As cadeiras eram soltas e muitas vezes o salão era alugado para a realização de bailes e carnavais, fato que perdurou até os anos quarenta. Uma pianola, espécie de piano que tocava sozinho graças a um programa gravado em um rolo de papel perfurado, fazia o fundo musical dos filmes. A banda municipal também era contratada para musicar o espetáculo. “Havia outros dois cinemas na cidade: o “Paulicéia Cinema” e o “Ideal Cinema” (este na Rua 15 de novembro onde hoje é a Funerária Lima), porém eram prédios adaptados. Bailes, teatros, shows musicais, entrevistas, reuniões políticas, beneficentes, sessões solenes, lutas romanas, além da apresentação de filmes de 4 ou 5 partes ( rolos) com intervalos para troca dos rolos. Na década de 20 o cinema Oeste passou a ser chamado de IRIS THEATRO.


Vários empresários passaram por aqui. Em 30 de novembro de 1930 o Sr. Eugênio Franciscone adquiriu os direitos de exploração do IRIS THEATRO do Sr. José Ferreira de Moraes. O Sr. Eugênio colocou novas poltronas em 1933 e o sistema sonoro VITAFONE que lhe causou dissabores, pois o som gravado em discos de 78 rpm ficavam fora de sincronia com o filme o que gerava descontentamento entre os espectadores. Depois de uma reforma mudou o nome para “Cine Theatro São Paulo”.


Em primeiro de fevereiro de 1940 o Sr. Nilson Prado Telles, meu pai, comprou os direitos de exploração do Cine São Paulo de Eugênio Franciscone e em 1942 comprou o prédio que pertencia à Companhia Paulista de Força e Luz. Em 1945 retirou as “frizas”, espécie de camarotes de ingresso mais caro. Em 1948 colocou estas cadeiras produzidas pela FANA e colocou a porta pantográfica de ferro ( que hoje foram recuperadas), em substituição as duas antigas, em arco. Em 1955 instalou os novos projetores Triumpho ( um deles hoje em exposição na sala de entrada), e a tela CINEMASCOPE que era o dobro do tamanho, novidade na época, bem como as arandelas que mudavam de cor no início da sessão e o ventilador gigante sob o palco, para renovar o ar ambiente. Tudo isso há sessenta anos!


Em 1975 o cinema foi arrendado para a Empresa Encipa de Botucatú devido à queda de arrecadação por causa da concorrência da Televisão. Em 1980 foi fechado por aquela empresa por falta de interesse econômico. Em seis de agosto de 1980 eu reabri o cinema com empresa familiar: eu era o projecionista, minha esposa a bilheteira, meu filho Francisco era o porteiro, o Luís Fernando e a Ana Letícia vendiam balas. Assim funcionou até 1992 quando a concorrência com o videocassete determinou o encerramento da empresa. Depois de um breve período fechado a Prefeitura Municipal, sendo prefeito do Sr. João Maziero, alugou o cinema para ser o Centro Cultural Nilson Prado Telles. No sábado dia 18 de setembro de 1992, no domingo e segunda feira, foi exibido o primeiro filme pela Prefeitura, TEMPOS DE GLÓRIA, com entrada franca, e eu no comando dos projetores.


Nestes 23 anos o cinema de Dois Córregos serviu à comunidade graças ao meu empenho pessoal, pois, sem ganhar um centavo a mais que o aluguel, eu pessoalmente operei os projetores, tarefa nada fácil com os rolos de 35 mm, apenas para mantê-lo em atividade, o que ocorreu em centenas e centenas de vezes em sessões para escolas e para o público em geral, com ênfase para o filme TITANIC que em maio de 1998 vendeu quase cinco mil ingressos em mais de 25 sessões, um recorde absoluto!


Alguém poderia dizer: para que reformar um prédio velho para uma atividade que não dá retorno financeiro, uma vez que hoje só há cinema em Shopping Centers? Não seria mais lucrativo vende-lo e investir o dinheiro em outra coisa? Eu respondo que é um ideal de vida. Velho é o que não serve mais. Antigo é diferente. Ele continua servindo à comunidade, possibilitando ao homem ser mais humano, pois, se o animal permanece envolvido pela natureza, o homem, pela cultura, é capaz de transformar essa natureza e criar um mundo novo. O cinema faz parte da cultura do povo de uma cidade. Como cultura ajuda a libertar o homem do determinismo da natureza. Se a cultura se encontra enfraquecida na sua possibilidade de expressão, é o próprio homem que se desumaniza. Eu acredito no cinema como elemento transformador para criar um mundo melhor.


Meus caros amigos dois-correguenses, vamos agora assistir a mais um filme pela tela do Cine São Paulo que teimosamente continua existindo.


Obrigado


Francisco Augusto Prado Telles


Arquivo do blog

ACESSE O BLOG INICIAL


BIBLIOGRAFIA DO BLOG

PRINCIPAIS FONTES DE PESQUISA

1. Arquivos institucionais e privados

Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.

2. Principais publicações

Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.

Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.

Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.

Periódico Acrópole (1938 a 1971)

Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981

Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990

Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos

FONTES DE IMAGEM

Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.

Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.

PRINCIPAIS COLABORADORES

Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.

OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.