Coliseu (Santos - SP)
Cine-Teatro Coliseu
Breve histórico :
Inauguração : 1909
Francisco Serrador inaugura a primeira versão do teatro.
Em seguida, o comendador Manuel Lins Freixo arrenda o prédio e promove sua reconstrução.
Reinauguração (configuração definitiva) : 21/06/1924
Programa inaugural : peça teatral "A Bela Adormecida".
Projeto : João Bernils
Construtor : Ciriaco Gonzalez
Nos anos de 1930, a empresa Cine Teatral Freixo Ltda. compra o teatro de Francisco Serrador. Além das apresentações teatrais, passa a ter cinema e cassino.
Em 1967, a parte dos fundos do teatro foi demolida para a construção de um posto de gasolina, uma farmácia e um tabelionato. Iniciava-se um longo período de decadência do histórico teatro.
Nos anos de 1970, com o palco e os camarins destruídos, é erguida uma parede entre o palco e a plateia. O Coliseu passa a exibir filmes e shows pornográficos.
Em 1989, o prédio do Cine-Teatro Coliseu é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico (Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa).
O tombamento do Coliseu pelo Condephaat e Condepasa impediu a demolição do teatro para a construção de um mini-shopping. A empresa Freixo processou o Estado pelo embargo e ganhou a causa, sendo indenizada. A Prefeitura de Santos negociou por anos a desapropriação do prédio com os proprietários.
Após anos em desuso, o teatro foi restaurado conforme o Programa de Revitalização do Centro Histórico, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Santos, e reinaugurado em 2006.
As obras de restauro duraram mais de 10 anos!
Endereço : Rua Amador Bueno, 237 - Centro Histórico
Santos - SP
Telefone : (13) 3226.1000
Características do teatro :
Sob o ponto de vista arquitetônico, a hierarquia de volumes compõe-se de três blocos. Com parte da platibanda coberta, o primeiro tem esquina em ângulo chanfrado, formando um recuo na fachada principal. O terraço do primeiro pavimento é sustentado por colunas toscanas, criando no térreo um abrigo para embarque e desembarque de passageiros de automóveis, em especial nos dias de chuva. Essa marquise foi uma das modificações que o projeto, importado da Europa, sofreu para se adaptar ao clima tropical.
Ele também exigiu grande número de portas e janelas. Essa aberturas multiplicam-se pelos quatro pavimentos do segundo e terceiro blocos concorrendo para o arejamento do edifício, auxiliadas por aparelhos de renovação do ar. Internamente, métodos e materiais refletiam as influências da mão-de-obra empregada, como o revestimento em escaiola, técnica espanhola que mistura gesso e cola para imitar o mármore.
A plateia, com cerca de 2300 lugares - entre poltronas, camarotes, frisas e balcões - tinha visão total do palco. A acústica era considerada perfeita e o vão entre plateia e palco podia acomodar cerca de 100 músicos.
Na decoração, destaca-se a arte do italiano Adolfo Fonzari, iluminada por 39 lustres do salão nobre, distribuídos entre 13 colunas dóricas caracterizadas pela simplicidade.
O restauro finalizado em 2006 :
Manter as características originais do prédio, inaugurado em 1909 e reinaugurado em 1924, após ampliação, foi a determinação seguida pela construtora Akyo, vencedora da licitação e responsável pelo restauro de cerca de 3,5 mil m², iniciado em 1996.
Todas as intervenções foram realizadas a partir de fotos e documentos históricos. Para que o público possa comparar os resultados aos originais, foram deixados "testemunhos", pequenos locais sem restauro, especialmente na pintura.
Alguns detalhes, no entanto, não puderam ser recuperados com exatidão, por falta de registros precisos. Assim, as luminárias do saguão foram modernizadas e o guarda-copo da escadaria do foyer foi refeito em madeira. Tudo, porém, sem destoar do restante do conjunto. No foyer, o piso em madeira recebeu verniz e está protegido por uma camada plástica. Todas as poltronas do teatro foram reformadas.
O palco foi reconstruído e tem uma estrutura metálica com equipamentos cenográficos e palco móvel. No teto principal da plateia, a pintura pictórica foi refeita detalhadamente. Trata-se de uma pintura do italiano Fonzari, uma concepção alegórica intitulada "A Consagração da Música e da Comédia".
Foi construído, também, um anexo, com cinco pavimentos. Único espaço novo no teatro, abriga camarins, salas de ensaio e a administração do Coliseu.
Para informações completas sobre o Coliseu, acesse :
Coliseu: teatro, cinema e elefante branco
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1. Arquivos institucionais e privados
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2. Principais publicações
Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.
Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.
Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.
Periódico Acrópole (1938 a 1971)
Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981
Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990
Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos
FONTES DE IMAGEM
Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.
Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.
PRINCIPAIS COLABORADORES
Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.
OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.